Impacto da derivação gástrica em Y de Roux na remissão do diabetes mellitus tipo 2 em diferentes classes de obesidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: COELHO, Daniel
Orientador(a): CALDAS NETO, Silvio da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Cirurgia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/27087
Resumo: Introdução: A taxa de remissão do diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é alta em longo prazo depois da derivação gástrica em Y de Roux (DGYR) em pacientes com índice de massa corporal (IMC) > 35kg/m². Há apenas poucos estudos analisando pacientes com IMC <35 kg/m² e a maioria deles são de países orientais. O objetivo desse estudo foi comparar a taxa de remissão do DM2 em pacientes submetidos a DGYR com IMC entre 30 e 35 kg/m² e com IMC >35 kg/m². Métodos: Foram avaliados 30 diabéticos com IMC entre 30 e 35 kg/m² e 36 diabéticos com IMC > 35 kg/m² submetidos a DGYR laparoscópica no período de janeiro de 2006 a dezembro de 2014. Foram avaliados dados antropométricos e laboratoriais em seis meses, um e dois anos após o procedimento cirúrgico além dos resultados das últimas avaliações independente do tempo. Os critérios de remissão completa (RC) de DM2 foram glicemia de jejum (GJ) < 100 mg/dL e hemoglobina A1c (HbA1c) < 6,0% e, de remissão parcial, GJ <126 mg/dL e HbA1c <6,5% ambos sem medicação. Secundariamente, foram analisados a taxa de melhora clínica significativa, o perfil lipídico, remissão da hipertensão, perda de peso e morbidade cirúrgica. Resultados: As taxas de RC foram baixas não havendo diferença significativa entre pacientes com IMC entre 30 e 35 kg/m2 e com IMC > 35 kg/m2. Houve diferença na taxa de remissão parcial. O tempo de DM2 antes da cirurgia e longo uso de insulina se associaram a piores chances de remissão. Não houve desnutrição em nenhum dos grupos, porém todos os componentes do grupo 1 apresentaram IMC fora da faixa de obesidade na última avaliação, ao passo que no grupo 2 a prevalência de obesidade na última avaliação foi de 86,11%. Não houve diferença significativa entre os grupos na resolução de outras comorbidades ou morbidade cirúrgica. Conclusões: Os diferentes grupos de IMC pré-operatório tiveram taxas de RC semelhantes. O grupo com IMCs maiores teve maior frequência de remissões parciais e prevalência de obesidade depois da cirurgia. Não houve diferença em termos de controle de outras comorbidades ou de morbidade cirúrgica.