Sonhos de Nabucodonosor: aspectos da propaganda do Estado Novo Pernambucano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Maria Gomes de Souza Neto, José
Orientador(a): Cortez Silva, Sílvia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7514
Resumo: Este trabalho tem por objetivo explorar as diversas formas e imagens criadas e utilizadas pela propaganda oficial do Estado Novo pernambucano durante seu período de vigência, entre 1937 e 1945, mais particularmente em seus primeiros cinco anos, a grosso modo, o período em que o Brasil ainda não se envolvera na II Guerra Mundial. Durante estes oito anos, Pernambuco foi governado pelo interventor federal Agamenon Magalhães. A partir da análise do que ainda resta do vasto material produzido naquele período (os jornais, principalmente), procuramos compreender quais imagens, slogans e propostas eram levadas a cabo nesta propaganda, ao mesmo tempo em que abordamos as festas e os eventos promovidos pela interventoria federal, também como meio de persuasão popular. O trabalho foi dividido em duas partes: na primeira, procuramos estabelecer a relação do Estado Novo com os meios de comunicação. Como o jornal (especialmente) era o mais importante veículo da mensagem oficial, nesta parte, exploramos os significados que esta mídia representava para os produtores da propaganda e políticos daquela época. Na segunda parte, detivemos nosso olhar para as festas e os eventos que marcaram estes oito anos de administração. Procuramos perceber o que tais acontecimentos possuíam de comum entre si e, ao mesmo tempo, suas particularidades e características que faziam de cada festividade um momento tão único dentro da propaganda oficial. Como conclusão, propomos o conceito de Veranico: desde o início da administração Agamenon Magalhães, houve a criação de um corpus propagandístico que visava persuadir os cidadãos do Estado, fazê-los crer que viviam em atmosfera de perpétua alegria e pujança, na tentativa de dissipar eventuais rebeliões contra o regime, ao mesmo tempo em que os instituía e os qualificava aos olhos da população