Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
CAMPELLO, Lúcia Bahia Barreto |
Orientador(a): |
MAIA, Lícia de Souza Leão |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Educacao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17202
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Resumo: |
O campo da sexualidade humana é permeado por uma gama de informações que, de forma generalizada, denotam preconceitos, mitos e tabus advindos de um modelo de sociedade que estabeleceu a heteronormatividade enquanto padrão a ser seguido. Entendendo que heteronormatividade representa um preceito, uma norma de relacionamento entre pessoas de sexos opostos (homem e mulher) como paradigma, como regra. Distanciar-se deste comportamento, idealizado, implica manter-se a margem da coletividade. Na área da diversidade sexual a discriminação é latente, porém, muitas vezes velada mediante as normas de convivências que se baseiam, teoricamente, no respeito. A pesquisa em questão, pois, foi desenvolvida na rede de ensino do Recife e buscou reconhecer quais as representações sociais que os professores e professoras desta rede municipal têm acerca da diversidade sexual e suas relações com a formação continuada oferecida por esta mesma rede. A teoria das representações sociais foi utilizada enquanto aporte teórico metodológico, visto que as representações se constituem em conhecimento que intervém nas ações das pessoas e, por conseguinte indicam como agir mediante situação específica, seja uma situação corriqueira ou que passa a ser comum. Desta forma procuramos reconhecer as representações sociais de diversidade sexual pelo grupo de professores e professoras desta rede de ensino, de modo a perceber os conhecimentos partilhados sobre a temática em estudo e desta forma vislumbrar uma prática pedagógica mais inclusiva. Nossa pesquisa foi desenvolvida a partir de uma perspectiva plurimetodológica, pois percebemos ter sido necessário tomar como aporte, distintos métodos, no sentido de cercar o objeto de estudo e também defini-lo com maior precisão. Sendo assim foram feitas entrevistas de associações livres, inicialmente, enquanto estudo piloto, envolvendo vinte participantes. Identificamos que, parte dos professores e professoras que responderam à entrevista possuía um discurso final, diferente em relação à diversidade sexual, daquele que foi proferido, inicialmente. Estes enunciados foram tomados como impulsionadores para o estudo da zona muda. Posteriormente, a partir dos resultados obtidos neste estudo, foram realizados questionários, utilizando técnicas projetivas, com a intenção de se reconhecer uma possível zona muda. Os questionários foram embasados em situações que retratam o cotidiano escolar, com cenas referentes à diversidade sexual. As questões explicitadas tiveram a intenção de fazer com que as pessoas envolvidas se projetassem às cenas e assim emitissem suas opiniões para resoluções das situações postas. Esta fase envolveu sessenta participantes. Utilizamos ao final desta etapa o software Alceste, para categorização das respostas a partir de contextos semânticos similares, agrupados de acordo com classes de palavras distintas, mas, ao mesmo tempo correlatas. O Alceste permitiu a elaboração de classes descendentes hierarquizadas e assim ajudou na criação de categorias inseridas nos discursos das pessoas envolvidas na pesquisa. As variáveis, agrupadas pelo Alceste, demonstraram, dentre outras informações, que a formação continuada em diversidade sexual, oferecida pela rede municipal de ensino do Recife tem favorecido a desmitificação e revisão de preconceitos acerca da diversidade sexual. Desta forma torna-se fundamental que a prática pedagógica seja pautada por formações em diversidade sexual, de modo que haja revisão de práticas excludentes e discriminatórias. |