Empirismo e metafísica no processo intelectivo do conhecimento no De Magistro de Tomás de Aquino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Alex Andrews Ferreira de
Orientador(a): COSTA, Marcos Roberto Nunes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Filosofia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/50912
Resumo: Ao longo da história, as análises em torno do conhecimento humano ficaram mais complexas na tentativa de explicar suas peculiaridades. Os problemas de pesquisa se apresentam da seguinte forma, considerando que nossa alma encontra-se como uma tabula rasa e que chegamos à ciência de muitas coisas: Como é possível o ato de intelecção do objeto de conhecimento se a coisa e o intelecto têm naturezas distintas? Há possibilidade de estruturar a dimensão cognitiva do sensível para o intelectivo, e encontrar a realidade correspondente aos conceitos? Existe ação externa à mente humana que justifique a produção do conhecimento humano? Tomás apresentou os princípios de sua epistemologia no De Magistro. Neste opúsculo são estabelecidas as relações necessárias ao processo intelectivo epistêmico capaz de conduzir o indivíduo à ciência. Para isso, a concepção tomasiana mostra-se atenta às articulações reais de nosso conhecimento com o mundo, mostrando a continuidade entre sensível e intelectual. A epistemologia realista de Tomás, através das inúmeras operações intelectivas, possibilita ao homem reconhecer a origem do conhecimento. Assim, assumimos a posição no sentido de afirmar o conhecimento humano como princípio essencialmente natural: de que somos dotados de razão natural pela qual são abstraídas as imagens inteligíveis e/ou universais das realidades materiais. Entretanto, Aquino utiliza princípios e categorias metafísicas para esclarecer o ato próprio do intelecto. Nesse prisma, há na mente a representação imaterial do cognoscível. Sua teoria não se contradiz em nada, pois a imaterialidade intelectual não está separada da matéria. Destarte, a pertinência da pesquisa encontra-se no quesito do qual serão caudatários todos os demais temas da epistemologia tomasiana.