O problema da construção do conhecimento por parte da alma após a corrupção do corpo em Tomás de Aquino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: SILVA, Edson Gonçalves da
Orientador(a): COSTA, Marcos Roberto Nunes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Filosofia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39426
Resumo: O filósofo naturalista Epicuro considerou a morte como um líquido que se bebe ao nascer. Contudo, Santo Tomás de Aquino, como cristão, defensor da imortalidade da alma, demonstra que a morte está para a vida, porém não está para à existência. Por isso, a proposta desta pesquisa é apresentar que, para o Aquinate, não obstante o corpo cumprir seu telos em vida, ou seja, nascer, se desenvolver e morrer, a alma intelectiva que lhe dá sentido, não lhe é solidária quando se trata de beber o líquido da morte; ao contrário, subsiste e mantém consigo todas as suas faculdades. Por isso, é questionado sobre como fica o conhecimento da alma depois que ela está sem os sentidos que pertencem ao corpo. Para além disso, a busca está em demonstrar que embora desprovida dos sentidos físicos, a alma goza de plena consciência das suas potencialidades facultativas e opera usufruindo da memória intelectiva para recordar tudo que apreendeu por meio das representações imaginárias. As pesquisas realizadas demonstraram que tal possibilidade corresponde de forma afirmativa sobre a alma, além de subsistir, conhece, sabe que conhece e produz conhecimentos novos no plano espiritual. Para melhor explicar o pensamento desta pesquisa e a hipótese levantada, foi organizada em cinco partes importantes. Em sentido mais amplo, será abordado no tocante a alma os seguintes contextos: sua formação, a importante contribuição dos árabes, união com o corpo físico, conhecimento e imortalidade. Para trilhar em um caminho mais seguro e encontrar uma resposta, as principais obras estudadas são do corpus thomisticum como: A Suma Teológica e a Suma contra os Gentios, as quais foram cotejadas com outras obras dos clássicos anteriores a ele, com a qual dialogou, notadamente Aristóteles e Avicena, e comentadores diversos.