A relação entre o intelecto agente e a faculdade imaginativa na teoria do conhecimento em Tomás de Aquino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: LIMA, Sérgio Freitas de
Orientador(a): COSTA, Marcos Roberto Nunes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Filosofia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34449
Resumo: A presente dissertação visa elucidar o conceito de abstração proposto por são Tomás de Aquino na sua obra magna, a saber, a Suma Teológica. São Tomás afirma que não há nada no intelecto que não tenha passado pelos sentidos, estes, por sua veze, têm a capacidade de armazenar o conteúdo recebido, elevando-se ao intelecto possível. Assim sendo, a alma, após sua união com o corpo, que constitui o homem, é semelhante a uma tábula rasa, na qual não apresenta conteúdos impressos. Os objetos do conhecimento precisam da ação dos órgãos dos sentidos. O objeto próprio do conhecimento intelectivo é a forma, ou seja, a natureza existente na matéria. Contudo, essa forma só pode ser captada na matéria. Portanto, é necessário que a matéria, a entidade concreta e singular, seja captada mediante os sentidos, para poder oferecer ao intelecto seu objeto próprio do conhecimento. Esta atividade inicial é realizada pelos sentidos, que, em colaboração com a imaginação e a memória, produzem uma imagem sensível da matéria, que continua sendo uma imagem concreta e particular. Sobre essa imagem atuará o intelecto agente, dirigindo-se a ela para abstrair a forma ou o universal, a “espécie inteligível”, produzindo no intelecto possível a “espécie impressa” que, por sua vez, como reação produzirá a “espécie expressa”, que é o conceito universal. O processo de abstração consiste, pois, em separar intelectualmente aquilo que é universal, que só pode ser conhecido desta maneira. Além disso, constata-se outro elemento indispensável, a saber, a iluminação, que por sua vez, constitui, um certo “mistério”, por vezes não tão bem claro na obra do Aquinate.