Derivados 5-metil-indol-tiossemicarbazonas: síntese, elucidação estrutural e avaliação esquistossomicida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: FIGUEIRÊDO, Tibério Cézar de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Ciencias Farmaceuticas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/26684
Resumo: A esquistossomose é reconhecida como um sério problema de saúde pública no mundo e, dentre as doenças negligenciadas, é a segunda mais abrangente do mundo, atrás apenas da malária. O número estimado de pessoas afetadas pela doença em todo mundo passa de 240 milhões. No Brasil, estima-se que o número de infectados varia em torno de 6 milhões. Fatores como a falta de acesso à água potável e saneamento básico contribuem para a disseminação e prevalência da doença, que é mais presente em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, em regiões tropicais do globo. O Praziquantel (PZQ) é o medicamento de escolha para o tratamento. No entanto, a literatura já apresenta relatos de possíveis cepas de S. mansoni resistentes ao tratamento, demonstrando a necessidade de haver desenvolvimento de novos fármacos mais eficazes e menos tóxicos para o tratamento da esquistossomose mansônica. O núcleo tiossemicarbazona apresenta uma estrutura privilegiada, apresentando um perfil farmacológico amplo. Graças a essas características, é descrito na literatura inúmeras atividades, para as quais ele é estudado, incluindo a esquistossomicida. Neste trabalho foram sintetizados seis novos compostos tiossemicarbazonas, a partir da reação indireta de obtenção de derivados tiossemicarbazidas (LQIT/LT) através de reação de adição nucleofílica entre a hidrazina e o isotiocianato correspondente. Em seguida, foi realizada reação de condensação da tiossemicarbazida obtida com o aldeído correspondente. Os derivados obtidos (LQIT/AP) apresentaram rendimentos satisfatórios e foram elucidados estruturalmente através de técnicas espectroscópicas (RMN ¹H e RMN ¹³C). Foram submetidos aos testes de citotoxicidade para avaliar a viabilidade celular em células Vero e linhagem macrofágicas J774, teste de quantificação de óxido nítrico, além de teste de atividade in vitro frente a parasitos adultos de S. mansoni. O derivado LQIT/AP-02 apresentou menor citotoxicidade dentre todos os compostos tiossemicarbazonas testados, sendo, inclusive, menos tóxico que o próprio PZQ. Todos os derivados tiossemicarbazonas apresentaram capacidade de estimular a produção de óxido nítrico, sugerindo atividade imunomoduladora. Nos testes in vitro o composto LQIT/AP-02 foi capaz de matar 100% dos helmintos em 96 horas de teste. Diante dos resultados obtidos, foi possível concluir que o derivado LQIT/AP-02 é o promissor deste estudo.