Aril-tiossemicarbazonas: síntese, caracterização estrutural e avaliação esquistossomicida
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Ciencias Farmaceuticas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30930 |
Resumo: | A esquistossomose é a segunda doença negligenciada de maior abrangência mundial e constitui um grave problema de saúde pública. Estima-se cerca de 258 milhões de casos em 78 países no mundo sendo estes prevalentes em países em desenvolvimento e subdesenvolvidos nas áreas tropicais e subtropicais do globo. No Brasil, a única esquistossomose presente é a mansônica e fatores como a falta de educação sanitária e acesso ao saneamento básico contribuintes para a disseminação da doença. O fármaco de escolha no tratamento da esquistossomose mansônica é o Praziquantel, único fármaco ativo contra todas as espécies que acometem o ser humano. Entretanto, relatos em literatura de cepas de S. mansoni resistentes ao medicamento e outros aspectos farmacológicos, por exemplo, reforçam a necessidade de estudos de desenvolvimento de novos fármacos que possam ser empregados no tratamento da esquistossomose mansônica. Neste cenário, derivados tiossemicarbazônicos vêm sendo apresentados como alternativa tendo em vista seu amplo espectro de ação, inclusive com relatos de atividades esquistossomicidas, bem como aspectos químicos observados, desta forma o presente estudo propõe a síntese, caracterização estrutural e avaliação da potencial atividade esquistossomicida de novos derivados aril-tiossemicarbazonas. Foram sintetizados seis novos derivados tiossemicarbazônicos com diferentes substituintes em N4: 4-cloro-benzil, 4-bromo-benzil, alil, naftil, toluil e 4-metóxi-benzil. Eles foram obtidos através da reação indireta com derivados tiossemicarbazida (LQIT/LT) obtidos em laboratório por adição nucleofílica entre hidrazina e isotiocianatos correspondentes. Posteriormente, foi realizada a condensação dos derivados tiossemibarbazida previamente sintetizados com o 5-metóxi-indol-3-carboxaldeído para a obtenção dos derivados tiossemicarbazona (LQIT/AP) utilizados nos testes deste estudo. Os derivados foram elucidados através de técnicas espectroscópicas (RMN ¹H, RMN ¹³C, COSY e HSQC) e foram submetidos à avaliação de sua citotoxicidade em macrófagos J774, testes de quantificação de óxido nítrico e avaliação in vitro, à uma concentração de 200 μM, de sua influência sobre a motilidade/mortalidade de parasitos adultos de S. mansoni. Pôde-se observar que os compostos não apresentaram citotoxicidade em células sadias, que todos eles foram capazes de promover a produção de óxido nítrico ao passo que para o Praziquantel não foi observada tal característica e que os derivados LQIT/AP09, LQIT/AP07, LQIT/AP12 e LQIT/AP11 promoveram mortalidade de parasitos após 24h, 48h, 72h e 120h, respectivamente. Acredita-se que, diante dos resultados, pode haver alguma relação dos compostos com mecanismos de imunomodulação e ainda que alguns aspectos estruturais destes compostos tais como a presença do grupo metóxi em anel indólico, a presença de anéis aromáticos e a presença de halogênios atrelados à relatos da literatura possam apresentar relação com os aspectos observados durante o experimento e a potencial atividade esquistossomicida dos compostos. Diante dos resultados obtidos, sugerimos como compostos promissores do estudo LQIT/AP09, LQIT/AP07, LQIT/AP12 e LQIT/AP11, contudo são necessários testes complementares in vivo e in vitro para melhor avaliação desses derivados e maior embasamento de sua atuação frente ao S. mansoni. |