Projeto sífilis não : efeitos na sífilis congênita em Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: VASCONCELOS, Cleonúsia Batista Leite de
Orientador(a): ROCHA, Roberta de Moraes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Gestao e Economia da Saude
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/47803
Resumo: Em pleno século XXI, a sífilis ainda se apresenta como um agravo mundial sem controle, com maiores taxas de incidência em localidades mais pobres. A doença é transmitida sexualmente causando maiores danos às gestantes e seus conceptos. O Brasil enfrenta uma reemergência da doença e o estado de Pernambuco possui taxa de incidência acima da média do país. A dissertação analisa a implantação do projeto “Sífilis Não” no estado de Pernambuco e o efeito na taxa de incidência de sífilis congênita após um ano. O projeto tem como objetivo reduzir a sífilis adquirida e em gestante e eliminar a sífilis congênita promovendo ações conjuntas entre as áreas de vigilância e atenção em saúde. Adicionalmente, foi feita exploração espacial da sífilis em todo o Estado, de 2010 a 2019, que identificou tendência de crescimento com interiorização da doença. Foram encontradas incidências mais elevadas nas Macrorregiões Metropolitana, Agreste e Sertão. Existia uma maior detecção da sífilis congênita que em gestantes, que só reverteu a partir do ano de 2018. A autocorrelação espacial identificou 29 municípios críticos na incidência de sífilis, sendo 27 deles na Macrorregião Metropolitana e dois no Agreste. O projeto foi considerado implantado nos municípios. A redução na taxa de incidência da sífilis congênita à curto prazo, foi observada em: Olinda (41%), São Lourenço da Mata (6,8%) e Igarassu (63,2%). O restante teve um aumento: Recife (159,2%), Jaboatão (3,8%), Cabo (14,0%) e Camaragibe (31,5%). Não foi possível correlacionar os efeitos das ações realizadas com os resultados diretos a curto prazo na redução da sífilis congênita. No perfil das genitoras das crianças com sífilis congênita predominou a faixa etária entre 20 e 29 anos, ensino fundamental incompleto, raça parda, pré-natal realizado, diagnóstico tardio da doença e tratamento inadequado. Dos desafios na implantação do projeto se destacaram as falhas nas ações de cuidado integral, em especial no pré-natal, reiterando a necessidade de determinação coletiva em ampliar esforços na garantia do acesso ao diagnóstico e tratamento oportunos. Estudos futuros são necessários para melhor identificação das limitações dos serviços de saúde no manejo e controle da sífilis.