Análise da incidência de casos de sífilis em gestantes e sífilis congênita no estado do Pará no período de 2007 a 2017

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Góes, Gabriela de Oliveira
Orientador(a): Matos, Haroldo José de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MS/SVS/Instituto Evandro Chagas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://patua.iec.gov.br/handle/iec/4446
Resumo: A sífilis é uma infecção bacteriana sistêmica, causada pelo Treponema Pallidum, as formas de transmissão são a via sexual e transplacentária. O estudo epidemiológico analisou a incidência de sífilis em gestante e congênita no estado do Pará, no período de 2007 a 2017, com intuito de avaliar o impacto das ações após a Rede Cegonha. A metodologia utilizada foi estudo ecológico de séries temporais, a análise de dados ocorreu a partir das notificações dos casos de sífilis em gestantes e sífilis congênita do SINAN, totalizando 12.637 mil notificações de sífilis em gestantes e 6.784 notificações de sífilis congênita e todos os registros de nascidos vivos (NV) do SINASC, correlacionados com os indicadores de número de consultas de pré-natal, e percentual de cobertura da atenção básica do Estado do Pará. Os resultados apontam que em relação à sífilis em gestantes, os anos de 2015, 2016 e 2017 apresentaram as maiores taxas de detecção, em 2017 alcançando o valor de 14.58/1000 NV, observaram-se os maiores percentuais de cobertura da atenção básica, evidenciando o aumento no diagnóstico. Quanto à sífilis congênita, a maior taxa foi de 7,05/1000 NV em 2017. Verifica-se que após a rede cegonha o estado apresenta maior taxa de detecção de sífilis em gestante, porém não se observa redução da incidência de sífilis congênita, demonstrando o tratamento inadequado ou inexistente das gestantes infectadas. Portanto os dados apontam a necessidade de qualificar o tratamento da sífilis no pré-natal e controle de cura das gestantes, reduzindo assim a transmissão vertical da sífilis.