Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Tenório da Silva, Terezinha |
Orientador(a): |
Lobo Jardim, Márcio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7248
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Resumo: |
Apesar da possibilidade do diagnóstico das lesões precursoras neoplasias intraepiteliais cervicais (NIC) o câncer cervical invasivo ainda representa problema de saúde pública. Na última década, a maior descoberta sobre a etiologia da carcinogênese humana foi o reconhecimento de que o carcinoma cervical é uma rara conseqüência da infecção persistente por tipos oncogênicos de Papilomavirus humano (HPV). O desconhecimento da magnitude da associação entre HPV e NIC, numa região com elevada incidência da expressão clínica da infecção, motivou esta pesquisa. Com o objetivo principal de identificar os fatores de risco para NIC, realizou-se estudo tipo caso-controle, no qual foram incluídas 132 portadoras de NIC (casos) e 96 pacientes com colo normal (controles), atendidas no Setor de Colposcopia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, no período de novembro de 2001 a agosto de 2002. O estudo teve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição onde foi realizado. Os possíveis fatores de risco para NIC foram investigados por meio de formulário padronizado, aplicado a todas as pacientes, para pesquisa de idade, estado civil, grau de instrução, idade ao primeiro coito, número de gestações, número de parceiros sexuais, método contraceptivo utilizado, referência de DST anterior, soropositividade para HIV e tabagismo. Seguiram-se coletas de material para colpocitologia oncótica e para pesquisa de HPV por PCR-RFLP com primers consensus MY09/MY11, exame colposcópico e biópsia com exame histopatológico, nos casos indicados. Para análise estatística de associação de NIC com os fatores de risco, utilizaram-se o Odds Ratio com intervalo de confiança e os testes qui quadrado e Fisher, ao nível de significância de 0,05. Para ajuste do efeito de cada uma das variáveis pelas demais, empregou-se a regressão logística pelo modelo backwards, testado com significância expressa pelo valor de p com grau de máxima verossimilhança. Para análise de concordância, aplicou-se o teste Kappa. No modelo final de regressão múltipla, permaneceram as seguintes variáveis: a infecção por HPV de alto risco oncogênico (OR=12,32 IC95% 3,79-40,08), referência de DST anterior (OR=8,23 IC95% 2,82-24,04), idade ao primeiro coito (OR=4,00 IC95% 1,70-9,39) e tabagismo (OR=3,94 IC95% 1,73-8,98). A soropositividade para HIV comportou-se como fator de proteção para NIC (OR=0,04 IC95% 0,01-0,13). Dentre as 78 amostras com positividade para HPV por PCR-RFLP, houve predomínio de HPV16 ou variante 16 (46,9% do grupo caso), com maior freqüência nas pacientes portadoras de lesões de alto grau. A análise dos aspectos morfológicos no diagnóstico da infecção cervical por HPV demonstrou que a colposcopia apresentou boa concordância com o exame histopatológico, em presença de positividade de DNA-HPV. Dentre os achados colposcópicos mais relevantes para o diagnóstico de lesões cervicais de alto grau e positividade de HPV, destacaram-se o epitélio acetobranco acentuado e mosaico áspero. Considerando os fatores de risco identificados no presente trabalho, concluiu-se que deve haver programas de rastreamento dos grupos com maior probabilidade de desenvolver NIC, por colpocitologia, colposcopia e histopatologia, associadas, quando possível, à biologia molecular, prevenindo o surgimento do câncer invasor |