Análise da presença do HPV e da metilação do gene P16INK4a pós-tratamento de neoplasia intrepitelial cervical de alto grau

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Costa, Luisa Czeresnia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/9453
Resumo: A literatura mostra que mulheres com diagnóstico de lesão intraepitelial cervical escamosa de alto grau possuem risco de recorrência de lesão após o tratamento. Alguns dos principais fatores sabidamente relacionados à recorrência são: persistência de HPV oncogênico, margens comprometidas, idade, tabagismo e uso de hormônios. Fatores epigenéticos também possuem papel importante como cofatores na carcinogênese cervical. A metilação do DNA da região promotora é a principal alteração epigenética pela qual um gene é silenciado em seres humanos. Diversos genes já foram encontrados hipermetilados no câncer cervical, incluindo o gene supressor de tumor CDKN2A, também denominado P16INK4a. Esta pesquisa tem como objetivo estudar a presença de DNA-HPV e da metilação do P16INK4a em 25 mulheres com diagnóstico de neoplasia intraepitelial cervical escamosa de alto grau antes e seis meses após o tratamento e a associação com idade, tabagismo e uso de hormônio. Avaliamos, também, a expressão da proteina p16 e sua associação com a presença de metilação do P16INK4a. Foram avaliadas 25 mulheres com diagnóstico de neoplasia intraepitelial cervical escamosa de alto grau. O material foi obtido através de esfregaço cervical no momento do ato cirúrgico e seis meses após. A análise de metilação da região promotora do P16INK4a e a detecção do HPV foram realizadas por PCR, e a expressão da p16 através de imunohistoquímica na peça cirúrgica oriunda do tratamento. O HPV foi detectado em 96% das mulheres antes do tratamento e em 64% após seis meses (p=0,01). A frequência de metilação para o P16INK4a foi de 44%. Observamos uma associação entre a ausência de metilação do P16INK4a com a eliminação do HPV. 64% das mulheres que se mantiveram demetildas eliminaram o vírus, comparado à 25% das mulheres que apresentaram metilação do P16INK4a (p=0,01). Apesar da mediana da idade ter sido menor no grupo das mulheres não metiladas e nas mulheres que eliminaram o vírus seis meses após o tratamento, não encontramos significância estatística, p=0,07 e p=0,09, respectivamente. As mulheres não tabagistas mantiveram-se mais frequentemente não metiladas e tiveram uma frequência de eliminação viral maior, quando comparadas às mulheres com história de tabagismo durante os seis meses observados, entretanto não foi observada significância estatística (p=0,25 e p=0,28, respectivamente). Encontramos uma maior frequência de metilação e de eliminação viral seis meses após o tratamento no grupo que não estava em uso de hormônio, todavia também não foi observada significância estatística (p=0,6 e p=0,22, respectivamente). Não encontramos associação entre a presença da metilação do P16INK4a e a ocorrência de imunohistoquímica negativa (p=0,9). Existe uma forte associação entre a negativação do teste DNA-HPV seis meses após tratamento e a ausência de metilação do P16INK4a