Distorções do pensamento em pacientes deprimidos, sem sintomas psicóticos: freqüência e tipos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: MEDEIROS, Heydrich Lopes Virgulino de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8169
Resumo: O transtorno depressivo maior (TDM) é uma das enfermidades psiquiátricas mais comuns do mundo, com alto poder de gerar incapacidade nos indivíduos acometidos. Sua prevalência oscila entre 5,1 e 15,7%, dependendo da literatura consultada. Tem sido crescente o interesse, dentro do quadro clínico depressivo, para o impacto das distorções do pensamento (DP) relacionadas a esta enfermidade. Tais distorções, como o pensamento suicida, podem trazer conseqüências graves e irreversíveis. Outras DP podem ter forte associação com a ideação suicida, como a idéia de culpa e a desesperança, necessitando assim de melhor compreensão e pesquisa quanto ao seu surgimento e associação com parâmetros clínicos e sóciodemográficos, bem como impacto na qualidade de vida. O presente trabalho objetivou identificar com que freqüência estes pensamentos ocorrem em indivíduos deprimidos. Neste estudo, foi entrevistada uma amostra de 75 pacientes, entre 18 e 65 anos, de ambos os gêneros, todos atendidos no sistema público e moradores do município de João Pessoa. O diagnóstico de TDM seguiu os critérios para episódio depressivo do DSM-IV, utilizando a SCID-I. As distorções foram identificadas utilizando o Inventário de Beck para Depressão (IBD) e para qualidade de vida usou-se a WHOQOL-Bref. As DP encontradas com maior freqüência foram: Desesperança (69,3%), hipocondria (62,7%), Idéias de fracasso (61,3%) e Desejo de morte (60,0%). Houve associação estatisticamente significativa entre má qualidade de vida observada no domínio psicológico da WHOQOL-Bref e a presença das DP. Apesar das limitações do estudo quanto ao tamanho da amostra, concluímos que a presença dessas distorções do pensamento na depressão foi significativamente elevada, merecendo plena investigação por parte dos psiquiatras, e que tais padrões de pensamentos podem prejudicar a qualidade de vida dos indivíduos acometidos de depressão