Discriminação de pacientes com fibrose periportal esquistossomótica por metabonômica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: RODRIGUES, Milena Lima
Orientador(a): LOPES, Edmundo Pessoa de Almeida
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Medicina Tropical
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/37809
Resumo: A classificação do padrão de fibrose periportal (FPP) é fundamental na avaliação prognóstica do paciente com esquistossomose mansônica. A ultrassonografia do abdômen (US) é o exame padrão ouro, para sua avaliação segundo o protocolo da Organização Nacional de Saúde (OMS) utilizando a classificação de Niamey, mas nem sempre está disponível para áreas endêmicas. A metabonômica baseada em Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio (RMN de 1H) vem sendo empregada para avaliar a fibrose hepática em algumas enfermidades. Este estudo objetivou criar modelos metabonômicos (MM), a partir de dados espectrais de RMN, que permitam classificar o padrão de FPP em pacientes com esquistossomose. Os ensaios foram realizados utilizando 41 amostras, sendo 10 de pacientes com FPP leve e 31 com FPP significativa, avaliados por US conforme a classificação de Niamey. Foram obtidos espectros de RMN de 1H de amostras de soro e os dados espectrais foram utilizados para a construção dos MM. Foram utilizados pacotes estatísticos para análise univariada dos dados demográficos e laboratoriais, bem como para a construção dos modelos metabonômicos. Os formalismos empregados foram: Análise de Componentes Principais (PCA), Análise Discriminante por Mínimos Quadrados Parciais (PLS-DA), Análise Discriminante Ortogonal por Mínimos Quadrados Parciais (OPLS-DA). Nos dados laboratoriais foram encontradas diferenças (p < 0,05) entre os grupos, para os seguintes fatores: os pacientes com FPP significativa apresentaram níveis elevados de gama-glutamil transferase e trombocitopenia. Os MM PLS-DA e OPLS propiciaram clara separação entre os grupos com FPP leve e FPP significativa. PLS-DA apresentou Leaving-one-out-cross-validation(LOOCV) com acurácia igual a 0,85, R2 igual a 0,80 e Q2 igual a 0,38. OPLS apresentou valores de R2 e Q2 iguais a 0,717 e 0,417 respectivamente. Os formalismos PLS-DA e o OPLS-DA discriminaram regiões espectrais entre os grupos como segue: carboidratos e valina, mais concentrados nas amostras do grupo com FPP leve; N-Acetilglicosaminas, Alanina, Glicolaldeído mais concentrados nas amostras do grupo com FPP significativa.OPLS-DA apresentou exatidão, sensibilidade, especificidade, foram iguais a 92,7%, 90,3%, 100%, para o diagnóstico da FPP significativa. Os MM construídos foram capazes de discriminar FPP leve da significativa em pacientes com esquistossome com boa acurácia.