Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
CARDOSO, Silvana Alves |
Orientador(a): |
MIRANDA POZA, José Alberto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Letras
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52614
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Resumo: |
Em linhas gerais, as manifestações linguísticas podem ocorrer, entre outros modos, por meio da forma falada ou forma sinalizada, no caso das línguas de sinais, e por meio da forma escrita. Diferentemente do Português, uma língua natural de modalidade oral-auditiva e possuidora de um sistema de escrita e de uma ortografia oficial já estabelecidos, a Libras (Língua Brasileira de Sinais), uma língua, também, natural, mas de modalidade visuoespacial, ainda não dispõe de uma forma de escrita consolidada, ainda que já existam várias propostas de sistematização escrita para o registro dos sinais. O fato é que, como a comunicação escrita dos estudantes surdos acontece, primordialmente, por meio do Português, é natural que as especificidades linguístico-estruturais da Libras apareçam, por vezes, refletidas nesses registros, os quais, nem sempre são vistos com bons olhos por parte da sociedade. Desse modo, com o presente estudo, levantamos a ideia de que também possa existir um Modo Surdo de Escrever, situado entre a estrutura da Libras e a do Português. Assim, fizemos uma sistematização teórico-metodológica para o registro escrito da Libras na modalidade escrita do Português a partir da organização linguístico-estrutural dessa língua de sinais. Para tanto, entre outros encaminhamentos, recorremos, na literatura da área, às questões referentes, primeiramente, à comunicação escrita de um modo geral, a partir das considerações de Higounet (2003), Fischer (2009), Calvet (2011), Dehaene (2012), e outros, e, depois, aos sistemas de notação de sinais e sistemas de escrita de sinais pensados para o registro das línguas de sinais por pesquisadores e estudiosos surdos e ouvintes. A partir de textos escritos produzidos por candidatos surdos e submetidos ao vestibular para o ingresso ao curso de Letras Libras da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e da UFPI (Universidade Federal do Piauí), identificamos, analisamos e descrevemos as especificidades linguístico-estruturais da Libras para a constituição de uma sistematização teórico do registro escrito da Libras na modalidade escrita do Português a partir da própria organização linguístico-estrutural da Libras e dos seus fenômenos linguísticos e para, como resultado, o delineamento das bases de uma proposta de registro para os textos escritos por estudantes surdos, como uma terceira possibilidade, uma Escrita Alternativa, a qual se distancia, em certa medida, da escrita padrão do Português, mas que talvez possa refletir o Modo Surdo de Escrever. |