Percepção olfativa e gustativa na doença de Parkinson

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: LIMA, Wigna Rayssa Pereira
Orientador(a): CORIOLANO, Maria das Graças Wanderley de Sales
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Saude da Comunicacao Humana
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/37930
Resumo: A perda da sensibilidade olfativa é preditora da Doença de Parkinson (DP) e como o paladar e olfato atuam de forma conjunta, espera-se que as alterações na percepção olfativa afetem a percepção do paladar. Dessa forma, o objetivo desta pesquisa foi analisar a percepção olfativa e gustativa em pessoas com Doença de Parkinson (DP). Trata-se de um estudo observacional analítico de corte transversal e análise quantitativa, desenvolvido na Associação de Parkinson de Pernambuco e no Ambulatório de Neurologia, em parceria com o Programa de Extensão Pró-Parkinson do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, sendo participantes 35 sujeitos diagnosticados com Doença de Parkinson idiopática, de ambos os sexos; admitiu-se também um grupo controle (GC) com amostra por conveniência de 20 pessoas, pareados pela média de idade com o grupo DP, totalizando 55 participantes. Para avaliar a autopercepção olfativa e gustativa dos indivíduos, utilizou-se a Escala Visual Analógica (EVA) antes e após os testes específicos de olfato e paladar. A percepção olfativa foi avaliada através do Teste de Percepção Olfativa, que contém 13 concentrações de essências, criados para este estudo. A percepção gustativa foi avaliada através do Teste de Tiras Gustativas, que contém quatro sabores (doce, salgado, azedo e amargo) em quatro concentrações diferentes. Os dados obtidos foram analisados de forma estatística pelo SPSS® versão 21. Verificou-se que a autopercepção olfativa dos grupos DP e GC melhoraram após a aplicação de testes específicos. A autopercepção gustativa do grupo DP antes e após o teste não apresentou diferença, porém a do GC melhorou após a aplicação do teste gustativo. No teste de avaliação da percepção olfativa, o grupo DP discriminou menos essências que o GC. A discriminação das concentrações forte/fraco entre os grupos DP e GC foram semelhantes. Ambos os grupos apresentaram semelhante percepção e discriminação gustativa não havendo diferença de discriminação em nenhum dos sabores apresentados. Assim é possível concluir que a autopercepção de pessoas com DP em relação ao olfato é favorecida quando instrumentos de avaliação são aplicados. Pessoas com DP apresentam de fato, menor percepção olfativa, porém essa não afeta diretamente a percepção gustativa, resultado este que deve ser mais investigado em novas pesquisas.