Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Cerqueira Ferreira, Luciana |
Orientador(a): |
Hissa Vieira Hazin, Fábio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8346
|
Resumo: |
O presente trabalho teve por objetivos analisar a abundância relativa, a distribuição de tamanhos, a proporção sexual, os padrões de movimentação, a utilização do habitat e o padrão de residência do tubarão lixa, Ginglymostoma cirratum, na costa do Recife. Apesar de a espécie possuir uma ampla distribuição no litoral brasileiro, ainda muito pouco se sabe sobre a sua biologia, com a maioria dos trabalhos tendo sido realizados nas costas da Florida e do Caribe. No primeiro capítulo desta dissertação foram analisados os dados de captura provenientes de excursões de pesca semanais realizadas de 2004 a 2010 pelo barco de pesquisa (BPq.) Sinuelo, da Universidade Federal Rural de Pernambuco, no litoral do Recife, atuando, principalmente, nas áreas em frente às praias de Boa Viagem/ Piedade e Paiva. As capturas foram realizadas com a utilização de dois espinhéis de fundo e 23 linhas de espera, lançadas após o canal existente em frente às referidas praias, e com mais alguns lances do espinhel em águas mais profundas (em torno de 30 m). A CPUE (Captura por Unidade de Esforço), em termos do número de indivíduos capturados por 1.000 anzóis, foi utilizada para se estimar a abundância relativa. O tubarão lixa foi a segunda espécie mais frequente entre os elasmobrânquios capturados no espinhel lançado em frente às praias de Boa Viagem/ Piedade e Paiva e foi a espécie mais capturada nas linhas de espera e no espinhel ocasionalmente lançado em profundidades maiores. O comprimento total dos tubarões variou entre 107 e 300 cm. Durante o período chuvoso, as capturas foram dominadas por fêmeas que representaram 72,7% dos tubarões lixa capturados entre abril e setembro. Os machos foram mais abundantes em outubro e janeiro, quando representaram 63,3% e 83,3% das capturas, respectivamente. De uma maneira geral, a CPUE dos machos foi maior entre outubro e abril, período no qual a salinidade, temperatura e transparência da água também estiveram mais altas. A CPUE das fêmeas apresentou uma oscilação mensal entre 0,05 e 0,58, mas sem padrão sazonal aparente. No segundo capítulo foram utilizados dados do monitoramento acústico e de marcação- recaptura para avaliar a residência e os movimentos de tubarões lixa na costa do Recife. O monitoramento acústico dos tubarões foi realizado por meio de uma série de receptores com áreas de detecção não sobrepostas dispostos ao longo da costa do Recife, de janeiro de 2010 a janeiro de 2011. Nove por cento dos tubarões marcados foram recapturados após, em média, 209 dias de liberdade em locais distantes 0,04 a 6,23 km do local de marcação. Um tubarão macho foi considerado semi-residente, apresentando home ranges diários pequenos e uma área de atividade restrita às estações localizadas ao sul do rio Jaboatão, apesar de ter demonstrado longo período de completa ausência de detecções na área monitorada Duas fêmeas apresentaram o mesmo padrão de movimentação restrita com evidências de fidelidade local a algumas áreas. Todos os tubarões foram mais detectados durante a noite, sendo que dois deles nunca foram detectados durante o dia, sugerindo o uso da área monitorada como possível local de alimentação no período noturno |