Resposta fisiológica ao estresse de captura e permanência no espinhel em tubarões-lixa Ginglymostoma cirratum (BONNATERRE 1778) capturados no Estado de Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: SILVA, Maria Carolina Ferraz da
Orientador(a): HAZIN, Fábio Hissa Vieira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Oceanografia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/19695
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo analisar prováveis alterações fisiológicas relacionadas ao estresse de captura com espinhel em tubarões-lixa Ginglymostoma cirratum capturados nas praias do Recife e Região Metropolitana. Para tal, a dissertação foi dividida em dois capítulos que abrangem técnicas diferentes para análise do estresse de captura em tubarões. No primeiro capítulo, foi analisada a resposta secundária ao estresse de captura a partir de uma metodologia já bem estabelecida, por meio da análise dos principais íons e metabólitos presentes no sangue. Os animais foram capturados utilizando dois espinhéis lançados próximo ao canal existente entre as praias de Boa viagem, Piedade e Paiva. Diferenças significativas entre os animais capturados e o grupo controle, mantidos em aquários, foram encontradas apenas para os íons magnésio e cálcio. Em relação às diferenças sexuais nos animais capturados, apenas o metabólito lactato mostrou diferença significativa, tendo sido superior nas fêmeas. O íon potássio, apesar de também ter exibido índices superiores nas fêmeas, não apresentou diferença estatisticamente significante. Já no segundo capítulo, o objetivo foi identificar as células sanguíneas encontradas na circulação periférica de tubarões-lixa e utilizar parâmetros hematológicos como a relação entre granulócitos e linfócitos, a contagem diferencial de leucócitos e valores do hematócrito como possíveis indicadores de estresse nesses animais. Foram identificados eritrócitos, linfócitos, monócitos, trombócitos e os granulócitos eosinófilos, neutrófilos e heterofilos na circulação de tubarões-lixa. Apenas um basófilo foi encontrado. Houve significante aumento na relação granulócito/ linfócito (G/L) dos animais capturados em relação ao grupo controle. Os animais capturados apresentaram maior proporção de heterofilos e menor proporção de linfócitos, enquanto o grupo controle apresentou proporções inversas. As fêmeas capturadas apresentaram uma maior relação G/L e uma maior proporção de heterofilos, sugerindo uma resposta mais acentuada ao estresse de captura. Apesar das alterações observadas nos animais capturados, os tubarões-lixa parecem apresentar uma capacidade elevada de resiliência a situações de estresse causadas pela captura, uma vez que todos os animais capturados apresentaram boas condições após sua liberação.