Associação De Polimorfismos Nos Genes Dc-Sign E L-Sign Com A Proteção E Susceptibilidade A Transmissão Vertical Do Hiv-1 E Ao Desenvolvimento De Tuberculose Ativa Na População Pernambucana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Celerino da Silva, Ronaldo
Orientador(a): Crovella, Sérgio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6037
Resumo: Doenças infecciosas são consideradas as principais causas de morbidade e mortalidade entre as sociedades humanas. AIDS e Tuberculose (TB) têm recebido particular interesse em decorrência do grande contingente de pessoas afetadas, e por serem consideradas bons modelos para estudos de susceptibilidade genética, em genes relacionados à imunidade, como DC-SIGN e L-SIGN, que detêm a capacidade de se ligar ao HIV-1 e ao Mycobacterium tuberculosis. Neste sentido, foi avaliado o papel de polimorfismos genéticos em DC-SIGN e L-SIGN em crianças expostas ao HIV-1 via transmissão vertical (TV), em pacientes com TB ativa e controles saudáveis, a fim de identificar marcadores genéticos de proteção e susceptibilidade na população pernambucana. Para isso, foram utilizadas 250 crianças expostas ao HIV-1 (58 HIV- e 192 HIV+) e 96 crianças controles, bem como, 160 pacientes com TB ativa (116 TB pulmonar e 44 TB extrapulmonar) e 170 controles saudáveis. Todos os grupos foram genotipados para SNPs contidos no promotor de DC-SIGN (através de PCR em tempo real com sondas alelo-específicas e/ou sequenciamento) e para o éxon 4 de DC-SIGN e L-SIGN (através de PCR convencional e eletroforese em gel de agarose). Os resultados foram diferenciados através dos testes do X2 e do exato de Fisher, sendo consideradas associações significativas com p<0,05. Entre os indivíduos expostos ao HIV-1 via TV, cinco SNPs do promotor de DC-SIGN, foram avaliados, sendo que três foram associados à proteção (-201T, -201 G/T e -336 G/G) e um a susceptibilidade (- 871 G/G). Para o éxon 4 de DC-SIGN não foram verificadas diferenças significativas entre expostos e controles, já para L-SIGN, variantes foram associadas a proteção (genótipos heterozigotos) e a suscetibilidade (genótipo 5/5) a TV. Entre pacientes TB, quatros SNPs foram avaliados para o promotor de DC-SIGN, obtendo-se cinco associações, sendo três com a proteção (-336 G/A, -871 G e -871 G/A) e duas com a susceptibilidade (-871 A e -871 A/A). Também não foram observadas diferenças significativas para o éxon 4 de DC-SIGN, porém para L-SIGN, foram encontradas quatro associações com a proteção (alelos com 4, 5 e 6 repetições e genótipo 6/5) e duas com a susceptibilidade (alelo com 9 repetições e genótipo 9/9).Este trabalho foi o primeiro a associar os variantes -201 T, -201 G/T, -336 G/G e -871 G/G de DC-SIGN com a TV do HIV-1, e de polimorfismos no éxon 4 de L-SIGN ao desenvolvimento de TB em uma população brasileira, sugerindo que polimorfismos, nesses genes, podem influenciar na proteção e susceptibilidade a infecções promovidas por vírus e bactérias