Do prefeito ao pastor : signos de uma arquitetura em curso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Rezende, Alex Nogueira
Orientador(a): Ghizzi, Eluiza Bortolotto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1811
Resumo: A temática da significação na arquitetura contemporânea, em especial, no contexto da cidade de Campo Grande – MS, é o ponto de partida desta pesquisa, que trabalha com uma hipótese geral comum a outros estudos afins, de que os objetos arquitetônicos são naturalmente dotados de significação, e de que entender os processos por meio dos quais a significação ocorre se faz necessário para um melhor domínio do fenômeno arquitetônico. Embora tal hipótese já venha embasando estudos na arquitetura, principalmente após a segunda metade do século XX, percebe-se que textos sobre esse tema ainda são escassos e, entre eles, poucos tomam a semiótica como referencial teórico e metodológico. Esta pesquisa se justifica, assim, na clara percepção da negligência, por parte de muitos arquitetos e estudiosos, perante a arquitetura enquanto signo; ao mesmo tempo, protagonista, coadjuvante e cenário das mais variadas relações de significação; daí o papel de estudos desta natureza buscando apontar caminhos possíveis para a análise de tais fenômenos, contribuindo para a compreensão da sua linguagem. A justificativa específica à cidade de Campo Grande é a de que essa negligência geral em torno desse tema é também observada na produção teórica sobre a arquitetura local. Já o interesse desta pesquisa na arquitetura contemporânea se justifica pela intenção de vincular o estudo com o que é vivido hoje em relação à arquitetura, o que não exclui, como mostra a pesquisa, aspectos da história dessa linguagem. Configurando um estudo de caso, a pesquisa propõe a análise da(s) linguagem(ns) arquitetônica(s) empregada(s) em dois edifícios (corpus da análise) existentes na região central da cidade, sendo eles: o da Central de Atendimento ao Cidadão e o da Igreja Universal do Reino de Deus. As razões da escolha são diversas, incluindo semelhanças e disparidades entre um e outro, todavia sempre se detendo ao objeto central da análise, o de colocar o estudo na conjuntura das discussões acerca da significação que perpassam os períodos marcados pelas práticas modernista e pós-modernista na arquitetura, convergindo para sua apropriação pela arquitetura local. A metodologia e a organização do trabalho giram em torno dos objetivos da pesquisa: primeiro, relacionando a arquitetura com problemas de significação em sentido amplo, entendendo-a como linguagem por meio de estudos de arquitetos ou de estudiosos da arquitetura, entre eles os envolvidos com suas expressões e representações no modernismo e no pós-modernismo; segundo, buscando na semiótica, tal como proposta por Charles S. Peirce (1839-1914), e nos seus desdobramentos promovidos por pesquisadores responsáveis por seus desenvolvimentos atuais, entre eles os que propõem uma semiótica da arquitetura, uma ferramenta metodológica e um aparato teórico que viabilizem a análise supracitada; o terceiro e último objetivo é a leitura, compreensão e síntese dos dados acerca dos edifícios que constituem o corpus, levantados à luz desse referencial teórico-metodológico. A maturação de todos os resultados em conjunto caracteriza o resultado final da pesquisa que, dessa forma, pretende contribuir com as bases analíticas da arquitetura e a leitura do espaço urbano, além de gerar especulações que instiguem futuras pesquisas.