Evaporação em pequenos reservatórios, com diferentes coberturas, na Região do Semiárido brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: NASCIMENTO, Jean Carlo do
Orientador(a): PAIVA, Anderson Luiz Ribeiro de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Engenharia Civil e Ambiental
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/46135
Resumo: As regiões de clima Semiárido, como é o caso predominante no Nordeste brasileiro, sofrem de forma demasiada com a escassez hídrica e seus efeitos. Tal problemática pode ser atribuída ao fato de que a região é caracterizada por uma expressiva variabilidade hidrológica, com baixos índices de precipitação e altas taxas de evaporação, e pelos parâmetros climáticos relativamente extremos, como temperatura do ar e incidência solar, que só agravam as necessidades hídricas nos diversos usos. Diante desse contexto, o presente estudo objetivou a avaliação de meios que mitiguem as perdas de água pelo fenômeno da evaporação, em pequenos corpos hídricos. Para tanto, analisou-se diferentes materiais, que funcionam como coberturas físicas na superfície dos líquidos, atuando como barreiras contra a energia solar e o vento e que, consequentemente, reduzem as taxas de evaporação. Esses materiais empregados para formação das barreiras foram: dois modelos de garrafas PET (Politereftalato de Etila), sendo uma com material incolor (250 mL) e outra de cor verde (200 mL); duas telas de Polietileno semelhantes nas cores verde e branca; duas telas também de Polietileno na cor preta, sendo diferenciadas pelo espaçamento entre as malhas, uma promovendo 50% de sombreamento e a outra 80%; e embalagens aluminizadas, denominadas Tetrapak. Com isso, estudou-se por mais de um ano (de 10/01/2020 até 22/01/2021) o desempenho que o emprego das proteções proporciona na minimização das taxas de evaporação. Foram feitos comparativos semanais entre a evaporação nos reservatórios cobertos e um outro exposto às condições atmosféricas locais. Percebeu-se que a cobertura mais eficiente na diminuição das taxas foi a composta de garrafas PET na cor verde, com uma redução de aproximadamente 50%. As garrafas incolores também evidenciaram um bom desempenho com mais de 40% de redução. Por sua vez, as embalagens aluminizadas mitigaram 39,36%, apesar da rápida degradação. De modo geral, as telas apresentaram boas reduções, principalmente no período mais quente, contudo não tão satisfatórias quanto os materiais já citados. Com o tratamento estatístico dos dados, avaliando os dias em que não houveram precipitações ou que as precipitações foram inferiores a 1 mm, percebeu-se um desempenho satisfatório das análises, com bons valores de dispersão. Nessa análise, identificou-se uma diferença na evaporação média diária próxima de 4 mm entre os reservatórios cobertos com as garrafas e o de superfície exposta, nas duas etapas da pesquisa. Por fim, foi feito um comparativo entre métodos estimativos das taxas de evaporação com os valores coletados no reservatório de superfície livre. Esses modelos, utilizam os dados meteorológicos para suas estimativas de cálculo, são eles: Thornthwaite (1948), Kohler et al. (1995) e Linacre (1993). Observou-se que o método de Thornthwaite (1948) subestima a evaporação, o de Linacre (1993) superestima e o de Kohler et al. (1955) é aquele que mais se aproxima da evaporação identificada na área.