Desempenho térmico de telhado verde de baixo custo em região de clima tropical úmido

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: VILARIM, Maiana Borba
Orientador(a): SANTOS, Sylvana Melo dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Engenharia Civil
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/46963
Resumo: Em geral, a urbanização resulta em diversos problemas ao meio urbano e, principalmente, ao meio-ambiente, tais como inundações e ilhas de calor urbano. A busca por um desenvolvimento a partir de tecnologias sustentáveis, que possam tornar o avanço da sociedade menos acelerado e prejudicial ao meio, está sendo cada vez maior. As tecnologias verdes podem ser utilizadas para amenizar os impactos ambientais causados pela urbanização, e entre tais tecnologias, estão os telhados ecológicos. Nesse contexto, se inserem os telhados verdes, que são capazes de contribuir para o conforto térmico e para a redução do volume de escoamento superficial. Entretanto, existem poucos telhados verdes, e isso pode estar associado ao desconhecimento da técnica por parte da população, ou mesmo pelo elevado custo de implantação, limitando seu uso às famílias de melhores condições financeiras. Assim sendo, esta pesquisa propõe-se a replicar e analisar um telhado verde de baixo custo construído com garrafas PET, proposto originalmente para clima Semiárido, em clima tropical úmido na cidade do Recife - PE, para a análise de seu desempenho térmico em relação a outras coberturas e ao meio externo. Foram investigadas três coberturas distintas (uma cobertura convencional de laje e duas de telhados verdes), visando comparar o comportamento térmico abaixo delas. Sobre os telhados verdes investigados, um deles foi implantado de forma convencional e o outro com garrafas PET como estrutura suporte. A vegetação de Aranto (Kalanchoe laetivirens) foi escolhida pela grande resistência à escassez hídrica e à insolação, pelas fáceis propagação e aquisição, e pelo baixo valor. Com o uso de termômetros e termohigrômetros, as temperaturas foram monitoradas de março a maio de 2021. As temperaturas abaixo do telhado verde de baixo custo apresentaram valores intermediários em relação às outras coberturas, entretanto, mais semelhantes aos valores observados pelo telhado verde convencional. As máximas temperaturas no telhado verde convencional foram até 2,7°C e 3,4°C a menos que as máximas externas e as obtidas com a cobertura convencional, respectivamente. No caso do telhado verde de baixo custo, esses valores foram até 2,3°C e 1,6°C inferiores às máximas externas e da cobertura convencional, respectivamente. No que se refere à NBR 15.575-1 para o período analisado, os telhados verdes garantiram o atendimento de, no máximo, 80,6% dos dias, enquanto a cobertura convencional atingiu apenas 51,6%. Devido à facilidade e simplicidade de sua construção, por seus baixos custos de aquisição e manutenção, e pelos benefícios térmicos observados, a cobertura vegetada com PET indicou ser uma boa tecnologia sustentável e acessível.