Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
LIMA, Jéssica Maria dos Santos |
Orientador(a): |
MARINHO, Érika Pinto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Engenharia Civil e Ambiental
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55796
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Resumo: |
O uso de Telhados verdes em construções é uma alternativa para auxiliar a drenagem de águas pluviais, evitando eventos de inundações, além de contribuir para o conforto térmico, isolamento acústico e qualidade do ar das cidades. No entanto, essa tecnologia tem custo elevado para sua instalação e manutenção. O uso de materiais recicláveis para construção de telhados verdes ecológicos pode ser uma forma de ampliar seu uso e benefícios para áreas urbanas. Além do custo do projeto, é importante observar que a irregularidade nas chuvas e a escassez hídrica em regiões semiáridas também são barreiras para sua adoção pela população de baixa renda. Entretanto, é possível tornar o sistema autossustentável usando cobertura vegetal resistente a longos períodos de estiagem e aproveitar a água escoada para sua irrigação. Para isso, torna-se necessário conhecer os parâmetros físico-químicos da água percolada. Neste trabalho, foi realizado um estudo sobre a influência da cobertura vegetal típica do semiárido pernambucano na qualidade da água escoada em telhados verdes ecológicos construídos com garrafas PET. Por meio de chuvas simuladas utilizando água destilada com a intensidade média histórica máxima de 42,825 mm/h dos últimos 50 anos, do município de Caruaru/PE. O custo desse modelo de Telhado Verde Ecológico ficou em torno de R$ 14,40 / m2. O solo utilizado no substrato dos arranjos apresentou densidade seca de 720,13, umidade atual 6,96%, perda ao fogo 3,79%. O pH foi analisado antes e depois das simulações esse realizado de forma individual em cada arranjo. Foram analisados três tipos de vegetações diferentes (Echeveria Peacockii; sansevieria trifasciata e a brasiliopuntia brasiliensis), visando caracterizar a qualidade da água escoada de acordo com os parâmetros: cor, sólidos dissolvidos totais (SDT); turbidez; pH; condutividade elétrica (CE); nitrogênio-nitrato; nitrogênio-amoniacal; fósforo-fosfato; cálcio; cloreto; carbonato; bicarbonato; ferro, alcalinidade, dureza total, e sulfato. Os resultados obtidos mostram que os parâmetros de qualidade da água percolada são afetados pelo tipo de cobertura vegetal e pelo número de eventos de precipitação. O pH foi o único parâmetro que não foi afetado, apresentando valores entre 6,07 e 7,33 para as análises quinzenais e mensais. Os parâmetros cor verdadeira, fósforo e alcalinidade ficaram acima dos valores permitidos pelo CONAMA e Embrapa. Estes resultados indicam a necessidade de técnicas de filtração para ajustar a qualidade da água percolada nos telhados, a fim de permitir seu aproveitamento na autoirrigação da cobertura vegetal ou lançamento em cursos de água. De acordo com tratamento estatístico (ANOVA), nas análises dos parâmetros apesar de muitos apresentarem semelhanças significativas, há diferença entre os arranjos o que significa dizer que o tipo de vegetação influencia a qualidade da água. |