Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2002 |
Autor(a) principal: |
MAHON, Erika da Rocha |
Orientador(a): |
SPINLLO, Alina Galvão |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8637
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Resumo: |
O presente estudo teve por objetivo investigar, numa perspectiva de desenvolvimento, o processo inferencial em crianças. Mais especificamente, o interesse foi examinar se crianças, além de estabelecerem inferências, eram capazes de explicitar as bases da geração de suas respostas para as perguntas potencialmente geradoras de inferências. Procurou-se determinar se as crianças remetiam a explicitação/justificativa das bases de suas inferências a informações textuais ou a conhecimentos prévios (extratextuais). Outro aspecto considerado refere-se à investigação do efeito do tipo de pergunta potencialmente geradora da inferência sobre a consciência do processo inferencial. Para tanto, foram avaliadas quarenta crianças de idades diferentes (7 e 9 anos), que deveriam ler um texto narrativo e responder a perguntas que propiciavam a geração de inferências e em seguida, a perguntas que estimulavam a explicitação das bases destas inferências. Estas perguntas foram classificadas em três tipos (Causais, de Estado e de Predição) de acordo com a sua natureza. Além disto, este estudo adotou uma metodologia pouco usual para investigação da compreensão de textos: metodologia on-line, onde as perguntas eram feitas durante a leitura, havendo uma interrupção em pontos pré-fixados. O interesse por esta metodologia deve-se ao fato de permitir investigar as discretas mudanças na representação mental do texto, além de ser um facilitador para a explicitação das bases das inferências. Os resultados demonstram que as crianças das duas idades estabeleciam inferências coerentes com o texto. Mas, no que se refere ao nível de explicitação das bases da geração das inferências, as crianças de 9 anos eram mais hábeis em explicitar as bases da geração das inferências que as crianças de 7 anos. Contudo, os dois grupos o faziam, em maior freqüência através de informações veiculadas no texto (intratextuais). Outro dado relevante é que as perguntas de Predição se caracterizam por uma maior dificuldade de explicitação do que as demais perguntas, independentemente da idade da criança. Os dados revelam padrões de respostas diferentes entre as idades sugerindo a influência do desenvolvimento e do efeito do tipo de pergunta (Predição) no grau de explicitação das bases da geração das inferências, enfatizando a necessidade de desenvolver pesquisas futuras para maior esclarecimento sobre a interação destas variáveis |