Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
MAIA, Zebina Isabel Santos |
Orientador(a): |
SPINLLO, Alina Galvão |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8836
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Resumo: |
O presente estudo teve como objetivo investigar a geração de inferências na compreensão de textos em crianças e adultos com diferentes níveis de escolaridade (universitários e adultos com pouca escolaridade), examinando, particularmente a tomada de consciência do processo de construção de inferências, baseado na pesquisa realizada por Mahon (2002). Três grupos de participantes foram examinados: 20 adultos com pouca escolaridade, alunos de programa de educação de jovens e adultos (EJA), correspondendo à 3ª e 4a séries do ensino fundamental; 20 adultos universitários; e 20 crianças, entre 9 e 10 anos de idade, alunas da 3ª série do Ensino Fundamental. A investigação consistiu em duas etapas: Tarefa de Sondagem de Decodificação e Tarefa de Compreensão. A tarefa de sondagem teve por objetivo excluir da amostra, participantes que apresentassem dificuldades de decodificação que pudessem comprometer a compreensão de textos. Os participantes que não apresentavam limitações deste tipo fizeram parte do estudo. A Tarefa de Compreensão consistiu na leitura de um texto através da metodologia on-line, proposta por Mahon (2002) que se caracteriza pela leitura de um texto com interrupções em partes prédeterminadas. O texto foi dividido em sete partes. Após leitura de cada parte eram feitas perguntas inferenciais de diferentes tipos: causais, de estado e de previsão. Imediatamente após a resposta dada a cada pergunta pelo participante, o examinador endereçava perguntas complementares que tinham por objetivo examinar se o leitor era capaz de identificar e explicitar as bases geradoras das respostas dadas às perguntas inferenciais. Os dados foram analisados em função de diferentes tipos de respostas tanto em relação às perguntas inferenciais como em relação às perguntas complementares, sendo feitas comparações entre os três grupos de participantes e entre os diferentes tipos de perguntas inferenciais (causais, de estado e de previsão). De modo geral, tanto em relação às perguntas inferenciais quanto em relação às perguntas complementares, observou-se que os adultos pouco escolarizados e as crianças de 3a série apresentavam um padrão de resultados bastante semelhante, inclusive quanto às dificuldades de compreensão detectadas. Os universitários se distanciavam deste padrão, apresentando um melhor desempenho e uma maior capacidade em identificar e explicitar as bases geradoras de suas inferências. Quanto a este último aspecto, observou-se, ainda, que os entrevistados, particularmente as crianças e os adultos pouco escolarizados, tendiam a identificar como a origem de suas inferências as informações intratextuais (contidas no texto) em detrimento das informações extratextuais (baseadas no conhecimento de mundo do leitor). Os universitários, entretanto, apontavam mais informações extratextuais do que as informações intratextuais como base de suas inferências. Diante dos dados, aponta-se a escolaridade como fator importante na compreensão de textos, mais do que a idade. A escolaridade favorece tanto o estabelecimento de inferências como também a tomada de consciência acerca da geração de inferências. As discussões derivadas deste estudo focalizam aspectos relevantes sobre a compreensão de textos em adultos, em particular, a respeito de adultos pouco escolarizados |