O Poder do Discurso Docente nas Aulas de Línguas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Conceição Ferreira da Silva, Flávia
Orientador(a): Padilha Peixoto Pinto, Abuêndia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7138
Resumo: Este trabalho analisa o poder do discurso docente nas aulas de Espanhol como Língua Estrangeira desenvolvidas em Instituições de Ensino Superior. Nossa intenção é apreciar como o poder discursivo do professor atua no processo de ensinoaprendizagem de uma língua estrangeira: se de forma positiva, em que se verifica a participação efetiva das vozes discentes; se de forma negativa, em que se observa a exclusão das vozes dos aprendizes através do poder do discurso docente. Para realizar nossa análise, gravamos oito aulas de Língua Espanhola em uma Universidade Pública do Estado de Pernambuco. Além da realização da gravação, entrevistamos os professores participantes da coleta de dados e verificamos a postura discursiva dos aprendizes, sujeitos dessa pesquisa, através da aplicação de um questionário. Essa pesquisa de caráter qualitativo busca verificar: Se o discurso docente evidencia uma prática pedagógica tradicionalista, em que aparece nas aulas a positividade do poder na concepção foucaultiana (2006), ou uma prática pedagógica colaborativa, em que o Sociointeracionismo se faz presente; os dados e estabelecer um relacionamento entre o poder do discurso docente e a abordagem posta em prática pelo professor; até que ponto a Abordagem Colaborativa, considerada uma perspectiva que promove uma participação efetiva do alunado nas aulas, difere da Abordagem Tradicionalista que revela um discurso docente distanciado do discurso discente. Para seguir com esses objetivos, levamos em consideração as reflexões do filósofo francês Michel Foulcault (2006), que vê o poder como uma ferramenta disciplinar; consideramos, ainda, as reflexões de Vygotsky (2003, 2008), Feuerstein (1975, 1994, 1997), Bronckart (1999) acerca do sociointeracionismo; as de Brait (2005) e de Bakhtin (2004) acerca do dialogismo e a constituição social do sujeito