Utilização da membrana de biopolímero de cana-de-açúcar (BPCA) para reforço da anastomose uretrovesical: um estudo experimental comparativo em coelhos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: MAIA, Guilherme Tavares da Silva
Orientador(a): LIMA, Salvador Vilar Correia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Cirurgia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34475
Resumo: A anastomose uretrovesical é considerada a etapa mais complexa de reconstrução do trato urinário após uma prostatectomia radical. Como forma de proporcionar reforço uretral, diferentes materiais vêm sendo testados, como a membrana de biopolímero de cana-de-açúcar (BPCA) ou exopolissacarídeo celulósico (CEM). O presente trabalho avalia a utilização da BPCA como reforço uretral para as anastomoses uretrovesicais em coelho utilizado como modelo animal. Vinte e oito coelhos da linhagem Nova Zelândia, machos e sadios forma submetidos à anastomose uretrovesical controle, ou com reforço de BPCA. Os animais foram divididos igualmente em quatro grupos, de acordo com o procedimento e tempo experimental, a saber: Grupo controle C7: Anastomose e análise pós-operatória de sete semanas; CEM7: Anastomose com BPCA e análise de sete semanas; C14 e CEM14 semanas de avaliação. A integração e biocompatibilidade foi baseada na presença ou não de estenose, fístula, espessura da parede uretral após implante, espessura do epitélio uretral, taxa inflamatória e vascularização. Não foram observados números significativos de estenose ou fístula urinária em ambos os tempos experimentais. A análise morfométrica revelou preservação do lume uretral, BPCA bem aderida, sem extrusão, processo inflamatório controlado e vascularização do implante. Espessura do urotélio manteve-se constante em função do tempo mesmo após o reforço do BPCA. O conjunto parede-menbrana apresentou uma maior espessura total com uma tendência estatística entre sete e quatorze semanas. A ausência de extrusão, estenose ou fístula urinária após sete ou quatorze semanas e aumento da espessura da parede com a BPCA, mostrou eficácia no reforço de anastomoses uretrovesicais em coelhos. Estudos clínicos prospectivos no futuro são necessários para confirmar seus resultados.