Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Montenegro Medeiros, Clederson |
Orientador(a): |
Márcio Tenório Vieira, Anco |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7476
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Resumo: |
No nascimento da tragédia, o amorpaixão foi representado como um conceito que muito bem combinava com aquele gênero literário. Por isso, a representação desse fenômeno, no espírito antigo grego, foi construída, de modo que, somente fosse possível como uma realidade intimamente relacionada com um destino inexorável. O amorpaixão era uma experiência que colocava o homem na condição de erro, portanto, era uma realidade sobre a qual não se tinha nenhum controle. A autonomia afetiva estava suplantada por um destino fatídico na expressão do próprio mundo grego a literatura, evidentemente, nunca abandonou esse modo de representar a paixão; é de se notar que é uma invenção que sempre se atualiza a concepção da paixão coroado com dimensão trágica. Eurípides, considerado o mais trágico dos trágicos, realiza em Hipólito, uma imagem desse eros como instância do trágico. Fedra, parece em vários momentos, encarnar esse fenômeno, como se o poeta ático tivesse organizado sua personagem em função de mimetizar esse conceito. Mas não se pode limitar a invenção de Eros na Literatura somente no seu sentido doloroso, é preciso reconhecer como o mesmo foi manipulado nas mãos de outra poeta. Jean Baptiste Racine aproveita do mesmo mito, antes utilizado por Eurípides, e apresenta a sua invenção dessa experiência. Agora o delito paixão vai se transfigurando em confissão . Ora, só se confessa porque subtende que há culpa, portanto culpa e confissão são duas realidades profundamente interrelacionadas. Por isso, para o classicista francês, a invenção do amoreros é deslocado para o plano da linguagem confissão . A Fedra raciniana é agora, somente ela, a culpada por inventar essa realidade os deuses foram sutilmente afastados. Assumindo uma nova perspectiva, Adélia Prado empreende o esforço estético de investir de sacralidade um objeto até então profano. O tratamento do amoreros nas mãos da poetisa vai se organizando à luz dessa orientação, que coloca paixão e Deus como experiência que se tocam. Nossos estudos vai procurar justamente compreender como esse objeto foi inventado por três autores |