Relações de gênero e poder no cotidiano das mulheres assentadas no Cabo de Santo Agostinho (PE)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Monteiro Cadengue de Oliveira, Hersília
Orientador(a): de Nazareth Baudel Wanderley, Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9282
Resumo: O presente trabalho, realizado nos assentamentos Arariba de Baixo, Arariba da Pedra e Potozi, no município do Cabo de Santo Agostinho, tem como objeto de estudo as mulheres dos referidos assentamentos, e enfoca a construção das relações sociais entre homens e mulheres nas práticas cotidianas da agricultura familiar nestas áreas. São consideradas, para tanto, as divergências, conflitos e tensões, antagonismos e relações de poder que emergem de tais relações sociais. Procura-se dar visibilidade, a partir do enfoque das agricultoras, ao lugar que elas ocupam no âmbito das unidades domésticas. Abordamos a presença e ação das mulheres, a plenitude de seus papéis, a coerência de seu cotidiano e seus poderes, apresentando um modo de vê-las, além da tradicional visão de simples donas de casa insignificantes, ajudantes dos homens chefes das famílias (sejam eles seus pais, maridos ou filhos), negligenciadas e negligenciáveis, oprimidas e humilhadas, mas como mulheres ativas, resistentes, guardiãs da subsistência, administradoras do orçamento familiar e que têm a capacidade de se rebelar, de utilizar táticas criativas para poderem fazer isso dentro de seu contexto, e que, mesmo quando silenciosas, são combativas, conseguem burlar imposições sociais, ainda que não promovam rupturas. O estudo demonstra que, para as pesquisadas, a relação de complementariedade entre homens e mulheres, maridos e esposas, sem que haja anulação da mulher, ou mesmo de qualquer uma das partes, é o prioritário, tendo em vista que para elas tal situação é que permitiria a implementação do projeto familiar, e conseqüentemente o bem-estar de todos os membros desta