Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
MACIEL, Rebeka Jacques de Farias |
Orientador(a): |
LEAL, Mariana de Carvalho |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Saude da Comunicacao Humana
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/35485
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Resumo: |
A síndrome congênita associada à infecção pelo vírus Zika (SCZ) é caracterizada por malformações congênitas encontradas em crianças infectadas pelo vírus Zika (ZIKV) durante a gestação e, embora seu espectro clínico ainda não esteja totalmente esclarecido, está associado a microcefalia, distúrbios neurológicos, manifestações oftalmológicas e ortopédicas e também a perda auditiva neurossensorial (PANS). O objetivo deste estudo foi caracterizar o comportamento da função auditiva de crianças com SCZ nos primeiros três anos de vida. Foram avaliadas 139 crianças com SCZ com confirmação laboratorial do vírus no líquido cefalorraquidiano. Foram excluídas do estudo as crianças expostas a outros fatores de risco para perda auditiva congênita ou perinatal, como história familiar de surdez congênita ou tardia, infecções congênitas conhecidas como STORCH (sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes simples), uso de medicações ototóxicas e ventilação mecânica, hipóxia perinatal grave, entre outros. A avaliação auditiva foi realizada por meio da pesquisa do potencial evocado auditivo de tronco encefálico automático (PEATE-A) com uso do estímulo Click anualmente e, quando detectada falha no exame, as crianças foram encaminhadas para avaliação audiológica complementar para definição diagnóstica. De 139 crianças com SCZ, nove tinham PANS, que se manteve até a última avaliação. Uma delas foi excluída devido ao uso de ototóxicos, resultando em uma ocorrência de oito das 138 crianças do estudo (5,8%), confimando uma ocorrência maior de perda auditiva ao nascimento nas crianças com SCZ em comparação à encontrada na população geral. No entanto, nenhuma criança com audição normal na primeira avaliação desenvolveu qualquer comprometimento nos testes subsequentes. Assim como, nenhuma criança afetada demonstrou piora progressiva da função auditiva. Sendo assim, a PANS resultante da SCZ não parece apresentar nenhum comportamento progressivo ou de aparecimento tardio. Contudo, ainda são necessários mais estudos para esclarecer melhor a topografia da perda auditiva, utilizando avaliação por imagem e avaliação eletrofisiológica das vias auditivas e do córtex auditivo, como por exemplo a pesquisa do potencial de longa latência e o processamento auditivo central. |