Espécies de cirolanídeos (isopoda, crustacea) coletadas na Plataforma Continental e Bancos Oceânicos do Norte e Nordeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: ALMEIDA, Vitor Alexandre Kessler de
Orientador(a): COELHO, Petronio Alves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8900
Resumo: Os cirolanídeos são isópodos da subordem Flabellifera que se encontram amplamente distribuídos nas regiões tropicais e subtropicais do globo. O estudo desta família no Brasil encontra-se num estágio embrionário, existindo lacunas no conhecimento da taxonomia, biogeografia e ecologia do grupo. De posse de boa quantidade de exemplares da família coletados recentemente durante o projeto REVIZEE, comissões N-NE, e de material proveniente de expedições oceanográficas dos anos 60-70, realizou-se um estudo das espécies de cirolanídeos distribuídas na plataforma continental Norte e Nordeste do Brasil e bancos oceânicos da Cadeia Norte do Brasil e da Cadeia de Fernando de Noronha. Além da taxonomia, foram estudadas também a ecologia e distribuição geográfica das espécies. Foram registradas 11 espécies de cirolanídeos na área estudada. Cirolana parva e Natatolana gracilis são as espécies mais comuns; a primeira é encontrada, principalmente, em fundos de areia e algas calcárias até 88 m de profundidade, enquanto que a segunda, especialmente em fundos de transição entre algas calcárias e sedimentos organogênicos, perto da quebra da plataforma (até 98 m de profundidade). As espécies de Bathynomus (B. giganteus e B. miyarei) são mais comuns na região do talude continental, mas já foram coletadas na plataforma continental (em armadilhas de lagostas). Metacirolana agaricicola tem sua distribuição geográfica restringida ao Caribe e aos bancos da Cadeia Norte, bem como Eurydice convexa, que foi registrada também para Pernambuco. Metacirolana riobaldoi foi encontrada unicamente na plataforma continental entre o Espírito Santo e Sergipe (88 m de profundidade). Metacirolana sp. A encontra-se distribuída pela plataforma em fundos de cascalho, entre 39-64 m de profundidade. As demais espécies (Cirolana minuta, Cirolana palifrons e Natatolana sp. A) foram registradas uma única vez na área estudada. A maioria das espécies é exclusiva do Atlântico ocidental, com B. giganteus e C. palifrons ocorrendo também no oceano Índico. Natatolana sp. A, B. miyarei, M. riobaldoi e Metacirolana sp. A são até o momento endêmicas para o Brasil. C. minuta e M. agaricicola são referidas pela primeira vez para o litoral barsileiro, enquanto Natatolana sp. A e Metacirolana sp. A são espécies novas para a ciência