Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Mariana Andrade de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8128
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Resumo: |
Os isópodos da Superfamília Sphaeromatoidea estão incluídos na subordem Sphaeromatidea, sendo representada por três famílias, das quais duas ocorrem no litoral Nordestino do Brasil: família Sphaeromatidae e Ancinidae. Os Sphaeromatidae são comumente encontrados em águas mais rasas e são animais tipicamente de fendas, podendo ser encontrados embaixo de rochas e associados a algas, esponjas, cracas e briozoários. Os Ancinidae são restritos a águas tropicais e temperadas do Novo Mundo. Com o objetivo de analisar a distribuição, ecologia e taxonomia das espécies de isópodos da Superfamília Sphaeromatoidea em todo o litoral do Nordeste Brasileiro, foi utilizado o material existente na Coleção Carcinológica do Departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco, proveniente de expedições oceanográficas realizadas nos anos 60-70, além de coletas avulsas. Foram registradas 15 espécies da família Sphaeromatidae e uma da família Ancinidae. Cymodoce brasiliensis e Cymodoce barrerae foram as mais comuns; a primeira ocorreu desde águas mais rasas até 23,5m de profundidade e foi encontrada em fundo de areia e prado de Halodule (capim marinho), enquanto que a segunda também ocorre em águas rasas, porém possui uma distribuição batimétrica um pouco mais ampla de até 47m e foi encontrada em fundo de areia e algas calcárias. Cymodoce meridionalis e Cymodoce bentonica ocorrem em fundo de algas calcárias, até 50m e 88m, respectivamente. Paracerceis caudata ocorre principalmente em fundos de areia e algas calcárias, não ultrapassando os 4,7m de profundidade. Paracerceis sculpta obteve seu primeiro registro para o Nordeste no Ceará com apenas um exemplar macho. Sphaeroma terebrans, Sphaeroma annandalei e Pseudosphaeroma jakobii são espécies mais comumente encontradas em estuários podendo ser encontradas em troncos de Rizophora; Cassidinidea fluminensis é uma espécie eurialina e no presente estudo foi registrada na Lagoa Mundaú (Alagoas), além dos estados de Pernambuco e Rio Grande do Norte. Sphaeromoposis mourei ocorreu em águas rasas até 5,4m de profundidade e foi encontrada em fundos de areia, arrecifes e prado de Halodule. Cymodocella guarapariensis obteve seu primeiro registro para o Nordeste sendo encontrada em fundo de areia a uma profundidade de 0,15-0,65m em Itamaracá, Pernambuco. A Família Ancinidae obteve seu primeiro registro no Nordeste do Brasil representada por Ancinus brasiliensis a qual ocorreu em fundos de areia e prado de Halodule, não ultrapassando os 3,5m de profundidade no estado de Pernambuco. Mais da metade das espécies da Família Sphaeromatidae é endêmica à costa brasileira, sendo elas: Dynamenella tropica, Dynamenella australis, C. meridionalis, C. bentonica, C. brasiliensis, C. guarapariensis, C. fluminensis, P. jakobii, S. mourei. Outras são restritas ao oceano Atlântico e S.terebrans e Sphaeroma walkeri possuem uma distribuição circumtropical. Duas espécies de cada um dos gêneros Cymodoce, Exosphaeroma e Paracerceis, além de uma espécie do gênero Dynamenella, são novas para a ciência e devem ser descritas em trabalhos futuros |