Efeito genotóxico da ivermectina e do imidacloprid em imaturos da espécie de importância forense Chrysomya albiceps (DIPTERA: CALLIPHORIDAE), avaliado pelo ensaio cometa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: VASCONCELOS, Wedja Kelly de Melo
Orientador(a): VASCONCELOS FILHO, Simão Dias de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia Animal
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/54073
Resumo: O ensaio cometa é uma tecnica de biologia molecular utilizada para avaliar danos a nível celular. Diversos grupos de insetos são utilizados como modelos para avaliar sua eficácia e estudar a ação de compostos químicos e radiação sobre as células animais. O presente estudo investigou o efeito tóxico-genético de concentrações de Ivermectina (IVM) e de Imidacloprid (IMI) em Chrysomya albiceps, uma espécie de mosca abundante na região nordeste do Brasil e de grande importância forense. Os compostos foram diluídos em água destilada e misturados à carne de fígado liofilizado, nas concentrações de IVM 0,0498 e 0,0936 mM; e IMI 11,6 x 10-17 e 23,2 x 10-17 mM. Cerca de 100 imaturos de C. albiceps se alimentaram por 24 h em cada meio de tratamento. Após a exposição aos compostos e execução do Ensaio cometa, foram observados o aumento significativo dos diferentes tipos de danos, em todos os tratamentos. Os resultados demostram que tanto a IVM quanto o IMI causaram danos genotóxicos em C. albiceps, com claro efeito dose-dependente da IVM, mesmo em concentrações muito baixas, como as usadas neste estudo. Todos os tipos de danos foram registrados para ambos compostos, sendo mais prodominante o dano do tipo 0 para IVM e dano do tipo 4 para IMI. A presença de diferentes tipos de danos indica a sensibilidade do Ensaio cometa para esse organismo modelo. Além disso, aponta os riscos do uso indiscriminado dos compostos testados, do efeito negativo sobre o genoma de espécies não alvo, e do potencial risco de geração de mutações em células germinativas dos organismos, com consequente efeito negativo na sobrevivência de seus descentes.