“Compartilhar experiências e aprender coisas” : a (pré)ocupação estudantil no curso de tecnologia em design gráfico do IFPE enquanto educação emancipadora

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: SOUZA, Eduardo Antonio Barbosa de Moura
Orientador(a): CUNHA FILHO, Paulo Carneiro da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Design
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/50725
Resumo: Esta tese relata a experiência de educação emancipadora realizada no curso de tecnologia em design gráfico do IFPE – Campus Recife ao longo de três edições do préocupe, um ciclo de oficinas autônomas dos estu- dantes. Na Introdução, caracterizamos a educação neoliberal como pre- dominante e apresentamos iniciativas contrárias, nacionais e interna- cionais, inclusive na educação em design. Em seguida, enquanto relatos de pesquisador participante, cada um dos três capítulos registra o pro- cesso de desenvolvimento de uma edição do préocupe, ocorridas entre dezembro de 2019 e maio de 2021. Assim, seguem a seguinte estrutura: na primeira seção, elencamos elementos do contexto que informou cada processo; na segunda, apresentamos uma fundamentação teórica para analisar a experiência; e, na terceira, articulamos o referencial àquilo que desenvolvemos coletivamente por meio do préocupe. No Capítulo um, tratamos da realização do primeiro préocupe, ocorrido nos dias 13 e 14 de dezembro de 2019. A partir da filosofia de Jacques Rancière, ar- gumentamos que os estudantes criaram uma nova partilha do sensível ao transformar a teatralização embrutecedora do cenário da sala de aula em uma teatralização emancipadora. No Capítulo dois, contamos como formou-se uma comissão autônoma de estudantes para realizar o se- gundo préocupe, ocorrido em 13 e 14 de fevereiro de 2020. Defendemos que, por meio da organização do evento, eles exerceram sua autonomia, conforme conceituada por Paulo Freire. Por conseguinte, esse processo iniciou a construção de uma comunidade pedagógica e uma subjetivida- de coletiva. No Capítulo três, relatamos a realização do evento remoto durante a pandemia de Covid-19 e sustentamos que havia uma regra tá- cita no espaço pedagógico de que “professores ensinam e alunos apren- dem”, à qual os estudantes responderam com outro enunciado: “criar um ambiente que as pessoas se sentissem confortáveis de compartilhar experiências e aprender coisas”. A formulação desse enunciado foi re- sultado de um processo de pesquisa política, conforme delineada por Sylvain Lazarus. Por fim, nas Considerações finais, buscamos articu- lar nossa experiência com outras teorizações sobre educação que tam- bém priorizam uma abordagem estética. Depois de expor as potências e possíveis desdobramentos da nossa pesquisa, caracterizamos a contra- dição do ofício do professor em busca da educação emancipadora: a ne- cessidade de permanente inacabamento e incerteza.