Exposição de ratas adultas e doses crônicas de aguardente: estudo ponderal e histomorfológico do coração

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Sergio Cabral de Brito, Alexandre
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8997
Resumo: A proposta do presente estudo foi de avaliar as alterações ponderais e histomorfológicas do coração de ratas Wistar adultas expostas a doses crônicas de aguardente. Os animais (n = 48), foram alimentados com dieta contendo 23% de proteína ( Labina - Purina), e divididos em dois grupos experimentais a partir do 50º dia de vida: 1) Grupo Controle (GC), (n = 24) recebendo 3,8 ml de água filtrada por gavagem e 2) Grupo aguardente (GA), (n = 24) recebendo 3,8 ml de aguardente in natura por gavagem. As gavagens foram feitas, diariamente a partir do 50º dia de vida e durante 40 (n = 8); 50 (n = 8); e, 60 (n = 8) dias de experimento. Durante o experimento os animais foram pesados diariamente. Após a perfusão foi extraído o coração, que foi pesado e fixado em formalina tamponada a 10% por 48h. Posteriormente, foi retirada a parede ventricular esquerda, e desta foram obtidos três fragmentos: superior, médio e inferior, obtendo-se de cada um deles dois cortes histológicos corados pela Hematoxilina-Eosina e Tricrômico de Masson. Não se observou diferença estatística no peso corporal nos três períodos do experimento 40 (p = 0,287), 50 (p = 0,659) e 60 (p = 0,369) dias, entre os grupos. Em relação ao peso cardíaco úmido, também não houve diferença estatística, nos três períodos do experimento 40 (p = 0,125), 50 (p = 0,337) e 60 (p = 0,599) dias. Na morfometria, constatou-se aumento do número médio de vasos cardíacos do grupo aguardente em relação ao grupo controle em todos os períodos de tratamento, havendo diferença tanto no fragmento superior (p < 0,001), médio (p < 0,001), e inferior (p < 0,001). Em relação ao diâmetro médio dos vasos cardíacos do endomiocárdio, não houve diferença estatística entre os fragmentos (superior, médio e inferior) estudados: 40 (p = 0,957), 50 (p = 0,268) e 60 (p = 0,296) dias, nos dois grupos analisados. No aspecto histológico, não se observou a presença de áreas de depósito de colágeno perivascular e intersticial, nos grupos estudados. Concluiu-se que, ratas expostas a doses crônicas de aguardente in natura por 40, 50 e 60 dias não tem alteração na evolução do peso corporal e cardíaco. Ainda que não tenha ocorrido fibrose cardíaca com o protocolo adotado, mas foi observado um aumento no número de vasos, o que acarretaria maior oxigenação ao músculo cardíaco, e conseqüentemente a inibição das lesões provocadas pelo álcool. Desta forma, acreditamos que novos estudos precisam ser desenvolvidos no sentido de melhor compreender os mecanismos patológicos através dos quais o álcool, presente nas bebidas alcoólicas, atua na patogênese da Doença Cardíaca Alcoólica (DCA)