Uso crônico de aguardente por ratos em envelhecimento: alterações nutricionais e bioquímicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: LIMA, Cybelle Rolim de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8212
Resumo: Ao envelhecer, o indivíduo pode tornar-se mais sensível à intoxicação alcoólica, o que torna o consumo de álcool um fator de risco à saúde e à qualidade de vida dos idosos. Este estudo objetivou verificar os efeitos da ingestão de aguardente de cana-de-açúcar em ratos de diferentes gêneros, com o avanço da idade. Ratos Wistar de ambos os gêneros, com 12/18 meses de idade (N=80), randomizados em quatro grupos de 10 animais: água-controle (GC) (GCF grupo controle de fêmeas e GCM grupo controle de machos) e GA grupo aguardente (GAF grupo aguardente de fêmeas e GAM - grupo aguardente de machos). Os animais foram alimentados, de forma exclusiva, com uma mistura de alimentos baseada na dieta da população do Nordeste brasileiro, com livre acesso à água e/ou aguardente, durante o período experimental (5 semanas). Foram avaliados o consumo alimentar, a ingestão de líquidos, o peso corporal e, ao final do experimento, o tecido hepático e os parâmetros bioquímicos (glicose, albumina, colesterol, lipoproteína de alta e de baixa densidade, relação colesterol/ lipoproteína de alta densidade, lipoproteína de muito baixa densidade e triglicérides). No artigo Nutritional Effects of Sugar Cane Alcohol on Ageing Rats a toxicidade da ingestão crônica de aguardente de cana-de-açúcar sobre o status nutricional no envelhecimento foi avaliada, em ratos de ambos os gêneros. Independente do tratamento, os machos consumiram mais ração e ingeriram maiores quantidades de água e aguardente, e apresentaram peso corpóreo superior, em relação às fêmeas. As análises histológicas dos segmentos hepáticos evidenciaram presença de esteatose e de áreas de necrose, gradativamente aumentadas nos animais que ingeriram maiores quantidades de aguardente. Os animais de ambos os gêneros do grupo aguardente tiveram glicose sérica elevada e menores valores de triglicerídeos e lipoproteína de muito baixa densidade. No artigo Effects of sugarcane alcohol on nutritional status and lipemia in male and female rats in function of age , em ratos de ambos os gêneros foram verificados os efeitos da ingestão de aguardente de cana-de-açúcar no status nutricional e na lipemia, em função da idade. A ingestão calórica total foi maior no grupo aguardente, em ambas as idades e gêneros. O consumo de aguardente foi mais elevado nos machos, em ambas as idades, e a ingestão hídrica nos animais com 12 meses, em ambos os gêneros e tratamentos. Com exceção dos grupos GAF12 e GCF12, os demais apresentaram perda de peso; independente da idade, os animais do GA apresentaram maior peso relativo do fígado, com exceção do GCF12. Os valores séricos de lipoproteína de alta densidade foram maiores nos animais do GA, exceto no GAF12; entretanto, a bebida elevou a fração lipoproteína de muito baixa densidade e os triglicérides no GAF12 e no GAM18. Em conclusão, a aguardente de cana-de-açúcar, pelo seu alto teor de etanol, é uma bebida complexa, e os danos decorrentes de sua ingestão no status nutricional e bioquímico de ratos podem variar, na dependência da idade e do gênero