Estudo fitoquímico e avaliação citotóxica de Chloroleucon extortum Barneby & J. W. Grimes (jurema branca)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: SILVA, Dayvid Batista da
Orientador(a): AMORIM, Elba Lúcia Cavalcanti de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencias Farmaceuticas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38839
Resumo: A preocupação com a cura de doenças sempre se fez presente ao longo da história da humanidade, e nesse contexto, as espécies vegetais são usadas tanto como medicamento como alimento. Devido a ampla utilização de plantas medicinais e seus derivados no cotidiano da população mundial, o aperfeiçoamento de métodos de extrativos é de grande importância, uma vez que tais técnicas podem aumentar o rendimento de seus derivados e diminuir o risco de contaminação por solventes. Com vista nisso, o presente trabalho tem como objetivo realizar uma análise farmacognóstica de extratos de Chloroleucon extortum Barneby & J. W. Grimes obtidos por diferentes técnicas e avaliar a atividade antioxidante e citotóxica dessa espécie. As frações foram obtidas pelo método de extração fracionada e coluna filtrante, utilizando diferentes solventes como hexano, acetato de etila e metanol. Para a avaliação da atividade citotóxica foi utilizado a técnica de coloração pelo bormeto de 3-(4,5-dimetiltiazol-2-il)-2,5-difeniltetrazólio (MTT) com algumas modificações. As linhagens utilizadas foram: HCT-116 (câncer de colorretal humano), HL-60 (leucemia promielocítica aguda), HeLa (câncer cervical humano) e NCI-H292 (carcinoma mucoepidermoide de pulmão humano) e PBMC (células mononucleares so sangue periférico humano). Os diferentes métodos extrativos utilizados para obtenção dos extratos de casca e folhas de C. extortum influenciaram no rendimento, sendo os extratos obtidos por maceração com solvente metanol com melhores rendimentos, para casca 7,87% na técnica de extração fracionada e 8,15% na técnica de coluna filtrante já para folha (9,63% na técnica de extração fracionada, 3,51% na técnica de coluna filtrante, respectivamente. O extrato bruto da casca da espécie estudada (JB1) demonstrou atividade citotóxica moderada com um percentual de inibição em torno de 65,50 ± 1,78 e de 65,53 ± 3,13 frente a linhagem de câncer de colorretal e leucemia promielocítica aguda, respectivamente. Os produtos JB2, JB6, JB10 testados na concentração de 50 µg/mL inibiram 50% da proliferação celular para pelo menos em uma das linhagens cancerígenas submetidas ao estudo, enquanto que as frações JB1, JB6 e JB10 apresentaram potencial de inibição frente a células HL-60 (65,56 ±3,13; 65,56 ± 3,135; 51,64 ± 1,12, respectivamente). O percentual de inibição de crescimento das células PBMCs tratadas com os extrativos de C. extortum variou entre 17,04 ± 0,88 e 38,66 ± 1,81 para todas as linhagens, evidenciando seletividade para as células tumorais. Por meio da presente pesquisa foi possível obter forneceu informações relevantes acerca da presença de metabolitos secundários presentes na C. extortum, além disso, o estudo de citotoxicidade evidenciou que os extratos da espécie não foi citotóxico para a linhagem de células normais e que as principais linhagens cancerígenas que tiveram seu crescimento inibidos foram a HCT-116, HL-60 e HeLa. Estes resultados evidenciam a importância de uma investigação preliminar dos extratos de plantas utilizadas na medicina popular, bem como a dose e a forma com que estes extratos são utilizados pela população necessitam de investigações cientificas.