Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
JESUS, Renata Patrícia Freitas Soares de |
Orientador(a): |
SOUZA, Ivone Antonia de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/2941
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Resumo: |
O objetivo deste estudo foi avaliar a atividade antimicrobiana in vitro , e in vivo o nível de toxicidade aguda, cicatrizante, antiinflamatória, analgésica e antitumoral do extrato etanólico de Abarema cochliocarpa (EEAc) (Gomes) Barneby & Grimes. A ação antimicrobiana do extrato foi realizada por método de difusão em meio sólido, através da técnica de poços e de disco, obtendo-se a Concentração Inibitória Mínima (CIM) sobre os principais representantes presentes na cavidade oral e da pele. A toxicidade aguda foi estabelecida através do cálculo da Dose letal (DL50) nas vias intraperitoneal (i.p.) e oral (v.o.) em camundongos (Mus musculus). A avaliação cicatrizante foi observada em feridas excisionais no dorso de ratos albinos Wistar (Rattus novergicus), tratados com creme dermatológico com EEAc nas doses de 51,5 e 103 mg/kg comparado a outros dois grupos: placebo e dexpantenol a 5% (controle-positivo). Os animais foram sacrificados no 3º, 7º e 14º dia de tratamento. A atividade antiinflamatória foi verificada através do modelo de edema de pata induzido por carragenina (0,1% p/v) em ratos Wistar. Os grupos padrão e controle receberam indometacina (10 mg/kg-i.p.) e solução salina (0,9%-i.p.), respectivamente. Foi estudado também o efeito antinociceptivo do EEAc e de suas frações através dos modelos de contorções abdominais, teste da formalina, da placa quente e de imersão de cauda. A ação antinociceptiva do extrato também foi testada com o naloxone nos testes da placa quente e de imersão de cauda. Para a avaliação da atividade antineoplásica foram utilizadas as linhagens de Sarcoma 180 e Carcinoma de Ehrlich. Os resultados do estudo microbiológico demonstraram que o extrato possui atividade antimicrobiana sobre todos os microorganismos orais testados. Os testes toxicológicos evidenciaram toxicidade por i.p. (DL50 = 257, 49 mg/kg) e atóxica para via oral. Através da análise histológica da pele do dorso dos animais, o creme dermatológico contribuiu na redução do infiltrado inflamatório de células polimorfonucleares, e com o aumento da fibroplasia entre o 3º e o 7º dia de tratamento, quando comparado ao placebo e ao dexpantenol a 5%. Os estudos mostraram que o EEAc possui atividade antinociceptiva periférica e no Sistema Nervoso Central (SNC). O EEAc apresentou ação antiinflamatória significativa no modelo de edema de pata induzido por carragenina. Os resultados demonstraram que o extrato e suas frações de saponinas e de taninos foram capazes de inibir o crescimento de tumores carcinomatosos e sarcomatosos. A avaliação histológica demonstrou que a administração do EEAc provocou discretas alterações no tecido pulmonar quando comparados com os animais dos grupos controle e padrão. O screening fitoquímico do EEAc apresentou testes positivos para saponinas, flavonóides e taninos. Conclui-se que o A. cochliocarpa apresenta atividade antimicrobiana, antiinflamatória e cicatrizante, analgésica e antitumoral sendo possivelmente uma expectativa para o desenvolvimento de produto fitoterápico para utilização humana |