Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
LEITE, Marinete Neves |
Orientador(a): |
RAMOS, Ana Catarina Peregrino Torres |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Arqueologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31697
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Resumo: |
Esta pesquisa teve como objetivo analisar os sítios arqueológicos inseridos no geoambiente da região sertaneja Centro-Norte do Ceará, buscando identificar, descrever e caracterizar as unidades rupestres e suas intervenções gráficas, observando as similaridades e os contrastes marcados na paisagem. A amostra da pesquisa abrangeu 44 sítios arqueológicos, com registros gráficos pintados e gravados, elaborados em matacões e abrigos. As análises dos dados arqueológicos e geoambientais foram realizadas com base no aporte conceitual e metodológico da Arqueologia da Paisagem, que considera a paisagem como uma construção social caracterizada pela relação de influência mútua entre o homem e o meio. Como resultados da pesquisa foram observados similaridades e contrastes quanto à inserção dos sítios rupestres no contexto geoambiental e paisagístico do estudo. As análises do meio físico e dos sítios rupestres do ponto de vista espacial e arqueológico apontam para particularidades, semelhanças e diferenças, entre as unidades rupestres no contexto paisagístico. Notadamente, o estudo indica a importância das análises da geologia, geomorfologia, hidrografia, hipsometria, declividades, bem como da vegetação, solo e clima, pois mesmo sob a égide do clima atual, alguns desses elementos permanecem com suas características primárias. Como exemplo, é o caso da feição geológica e geomorfológica relacionada ao próprio processo de formação que deu origem aos suportes rochosos nos quais foram constituídos os sítios rupestres. Dessa forma, uma série de matacões e abrigos foram transformados pelo homem pré-histórico em símbolos da sua presença e repertório de sua passagem. A marca dessa presença não se restringe aos sítios enquanto unidades de ocupação, mas se circunscreve na paisagem, a partir da conexão no espaço, produzindo uma rede de lugares significantes, cujos referenciais são tantos os sítios quanto os marcos paisagísticos, relacionados aos acidentes geográficos na forma de inselbergs, serras e outras feições geológicas que serviram como parâmetros de orientação no passado, e que permanecem como marcos visuais na paisagem do presente. |