Efeitos das estratégias de prática mental associadas à fisioterapia motora sobre a marcha e o risco de quedas na doença de Parkinson

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: SILVA, Liliane Pereira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Neuropsiquiatria e Ciencia do Comportamento
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40658
Resumo: A Prática Mental (PM) pode ser definida como a repetição de um movimento utilizando a imaginação e pode ser executada por meio da imaginação cinestésica ou visual. Na cinestésica o paciente imagina a sensação que é experimentada quando o movimento real acontece. Na imaginação visual o paciente visualiza mentalmente o movimento imaginado, como se estivesse assistindo um filme de si mesmo. O uso da PM como tratamento das alterações motoras da Doença de Parkinson (DP) é relativamente novo, sendo importante tanto conhecer os efeitos dessa Prática sobre essas alterações bem como ajustar e desenvolver programas de intervenção mais eficazes e que atendam as especificidades e habilidades individuais desta população, dessa forma essa tese teve como objetivo comparar os efeitos de diferentes estratégias de PM associada à Fisioterapia sobre a marcha e risco de queda em pessoas com DP. A presente pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da Universidade de Federal de Pernambuco, obtendo o Certificado de Apresentação para Apreciação Ética no: 72654417.7.0000.5208. O recrutamento foi realizado no ambulatório de Neurologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, onde está situado o Programa de Extensão Pró-Parkinson e a intervenção foi realizada no ambulatório de Fisioterapia, representando atividade de pesquisa associada ao projeto de extensão Pró-Parkinson: Fisioterapia. Foram incluídas pessoas de ambos os sexos com DP idiopática nos estágios leve a moderado. Foram excluídos pacientes que apresentaram outras doenças neurológicas, doenças sistêmicas descompensadas, distúrbios musculoesqueléticos, alterações visuais ou auditivas que impediram a realização do protocolo, rebaixamento do nível cognitivo, depressão moderada a grave, participação em programa de reabilitação e que não conseguissem realizar a imagética motora do tipo visual. Os indivíduos foram alocados em quatro grupos: 1. Grupo controle (GC), 2. grupo PM guiada por imagens (PMI), 3. grupo PM guiada por áudio (PMA) e 4. grupo PM sem guia (PMSG). Os sujeitos dos grupos experimentais foram submetidos a 15 sessões de Fisioterapia motora e de PM, enquanto o GC recebeu apenas a Fisioterapia. As sessões foram realizadas 2 vezes por semana, 40 minutos para Fisioterapia motora e 1 minutos para execução da PM da marcha. Para avaliar os parâmetros espaço-temporais da marcha foi utilizado o Teste de Caminhada de 10 metros e para o risco de quedas foi utilizado o Timed Up and Go. O grupo PMI apresentou resultados significativos para os parâmetros tempo (p=0.027) e velocidade (p=0.025) da marcha quando comparado com os resultados do GC. A cadência e o risco de quedas não apresentaram efeito principal para grupo. Os grupos PMSG e PMA não apresentaram resultados estatisticamente significativos para o TC10m e TUG quando comparados com o CG. Os resultados demostraram que o treinamento de PM guiada por imagens associado à Fisioterapia motora é mais eficaz para aumentar a velocidade da marcha do que as demais estratégias de PM.