Coesão social, eficácia coletiva e criminalidade: o caso de Santo Amaro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Patrícia Correia de
Orientador(a): RATTON JÚNIOR, José Luiz de Amorim
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Sociologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28125
Resumo: Esta dissertação tem como principal objetivo analisar quais são os recursos utilizados pelos diversos atores e atrizes sociais, moradores ou não, do território da João de Barros, localizado no bairro de Santo Amaro, Recife, Pernambuco, para acessar mecanismos de prevenção e controle da criminalidade e da violência no local que não passam necessariamente pelo crivo do Estado como, por exemplo, a atuação das policias. Procurando assim identificar quais são as possibilidades e impossibilidades de conversão da ‘Coesão Social’ percebida através das diversas melhorias estruturais do território em uma ‘Eficácia Coletiva’, ou seja, a consolidação ou não de mecanismos primários de controle do comportamento indesejado, dentre eles a prática de crime e de violência no local. Para alcançar tais objetivos foi realizada uma pesquisa qualitativa, de inspiração etnográfica, cujas idas ao campo geraram registros de campo que foram transcritos e incorporados ao longo de todo o trabalho, seja através das falas dos interlocutores, seja pelos relatos do que vi, ouvi e senti durante o campo. Além disso, foram realizadas 15 entrevistas em profundidade gravadas e transcritas, cujas informações foram analisadas e discutidas nessa dissertação. A análise dos dados possibilitou compreender que a coesão social percebida, assim como, os fortes laços de solidariedade e os de confiança não conseguem se reverter em mecanismos primários de controle informal do comportamento indesejado, principalmente, quando tais agentes fazem parte das mesmas redes de vizinhança e parentesco dos demais moradores, ou seja, são nascidos e criados no bairro, filho (a), esposo (a), tio (a), sobrinho (a), dos demais moradores.