Captura e ativação de plasminogênio por Pseudomonas aeruginosa
Ano de defesa: | 2002 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Microbiologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18170 |
Resumo: | A afinidade pelo plasminogênio (Plg) por cepas de Pseudomonas aeruginosa laboratoriais e clínicas, isoladas de sangue e de fezes de indivíduos assintomáticos, foi avaliada por ensaio imunoenzimático (ELISA). A ligação de Plg a poços de microplacas de ELISA revestidas com os inóculos bacterianos foi significativamente superior à ligação a poços controle não revestidos (p<0.001). Nenhuma diferença significativa foi observada entre a captura de Plg pelas cepas de sangue ou de fezes, o que sugere a presença de receptores de superfície para Plg seja constitutiva. A ligação do Plg à cepa fimbriada PAK e à sua mutante isogênica não fimbriada PAK/p- foi semelhante, sugerindo que as fímbrias do tipo IV não sejam relevantes na captura de Plg . A adição de ácido --aminocapróico aos testes reduziu significativamente (p<0.001) a captura de Plg pelas cepas PAK e PAK/p-, evidenciando que a ligação do zimogênio aos receptores bacterianos é lisina-dependente e sugerindo a importância dos domínios “kringle” na ligação da molécula aos micro-organismos. A participação de ompitinas na captura de Plg por P. aeruginosa foi pesquisada pela técnica de Western-blotting. Todas as 14 cepas estudadas apresentaram frações proteicas, com pesos moleculares entre 30 e 60 kDa, capazes de ligar Plg com alta especificidade. A capacidade de ativação do Plg associado às células bacterianas foi pesquisada pelo tratamento dos micro-organismos aderidos a poços de microplacas de ELISA com Plg, ativador uroquinase (u-PA) e com o substrato cromogênico da plasmina. Em paralelo, poços contendo bactérias aderidas foram tratados apenas com Plg e com o substrato cromogênico, para avaliação da capacidade intrínseca dos micro-organsimos de gerar plasmina. As 14 cepas estudadas apresentaram variável capacidade de degradação do substrato, em presença de u-PA. Duas cepas, uma isolada de fezes e a outra de sangue, apresentaram capacidade significativamente superior à das demais em degradar o substrato, inclusive independentemente da presença de u-PA, sugerindo a existência de um ativador endógeno ligado ao corpo bacteriano. Os resultados de ensaios preliminares sugeriram que este ativador seja uma serino-protease uma vez que não pode ser inibido pela adição de EDTA aos testes. Finalmente, foi pesquisado o efeito da captura e ativação de Plg na capacidade proteolítica de P. aeruginosa e, consequentemente, em seu potencial de invasão. Géis de fibrina contidos em tubos de Durhan ou em insertos Millicell-PCF foram expostos a suspensões bacterianas tratadas com plasmina. Como controle, outros géis foram expostos a bactérias não tratadas com plasmina. Nos dois modelos experimentais, a presença da plasmina conferiu maior invasividade aos micro-organismos, detectada em 3 horas. Com base nos resultados obtidos, sugerimos que, in vivo, a captura do Plg e sua ativação possam favorecer a degradação de barreiras teciduais do hospedeiro, como coágulos e membranas basais, e à disseminação bacteriana, no curso de processos infecciosos invasivos por P. aeruginosa. |