Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
BELMONTE, Bernardo do Rego |
Orientador(a): |
PAIVA, Patrícia Maria Guedes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Bioquimica e Fisiologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38145
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Resumo: |
O presente estudo teve como objetivos analisar os efeitos de preparações de sementes Moringa oleifera (extrato aquoso, fração proteica e lectina WSMoL) sobre a viabilidade de trofozoítos de Acanthamoeba castellanii; investigar os efeitos do extrato e fração proteica sobre a viabilidade de casais de Schistosoma mansoni; determinar a ação do extrato etanólico de folhas de Schinus terebinthifolia e de frações derivadas sobre bactérias e fungos patogênicos ao homem, além de bactérias fitopatogênicas e da ameba A. castellanii. A partir do extrato aquoso de sementes de M. oleífera, foi obtida a fração proteica por precipitação salina e a lectina por cromatografia de afinidade. O extrato etanólico de folhas de S. terebinthifolia foi preparado e frações orgânicas foram obtidas por meio de partições. A composição do extrato e frações foi avaliada por cromatografia em camada delgada (CCD) e cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Para atividade amebicida, as amostras foram incubadas com trofozoítos por 24 e 48 h e a viabilidade foi determinada pela concentração inibitória (CI50). A ocorrência de danos na membrana celular e alteração no tamanho dos trofozoítos foi evidenciada por citometria de fluxo. Na avaliação da atividade esquistossomicida, casais de Schistosoma mansoni foram incubados com as amostras, sendo analisadas motilidade, sobrevivência e viabilidade celular. Atividades antibacteriana e antifúngica foram avaliadas pelo método de diluição em caldo, determinando-se os valores de concentração mínima inibitória, bactericida e fungicida. O extrato aquoso e a fração proteica 0-60% de M. oleifera reduziram a viabilidade de A. castellanii, com CI50 de 2.150 e 423,72 μg/mL (24 h) e 1.520 e 469 μg/mL (48 h). Análise por citometria de fluxo revelou que amebas incubadas com o extrato apresentaram tamanho reduzido e que extrato e fração causaram danos à membrana celular. Com relação à ação esquistossomicida, o extrato e a fração promoveram a inviabilização celular dos vermes, com CI50 de 23,48 e 8,93 μg/mL para 24h, respectivamente, sendo detectada uma taxa de desacalamento de 100% nas concentrações a partir de 25 μg/mL para o extrato e 6,25 μg/mL para a fração. A CCD do extrato etanólico de S. terebinthifolia revelou a presença de taninos hidrolisáveis, flavonoides, terpenos, esteroides, cumarinas e açúcares redutores. Por meio de CLAE, foi possível evidenciar a presença de ácido gálico e rutina. O extrato apresentou ação inibitória sobre Klebsiella pneumoniae, Micrococcus luteus, Salmonella enteritidis, Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa. Já as frações inibiram S. aureus, entretanto com atividade reduzida comparada ao extrato. Foi constatada ainda atividade inibitória do extrato sobre os fungos Candida albicans, Candida tropicalis, Candida krusei e das frações sobre C. albicans, porém em menor intensidade que o extrato. Sobre as bactérias fitopatogênicas foram detectadas atividades inibitória e bactericida do extrato sobre isolados de Pectobacterium, contudo as frações promoveram apenas ação bacteriostática. A fração butanólica do extrato de S. terebinthifolia apresentou ação amebicida sobre trofozoítos de A. castellanii (IC50 de 33,72 (24 h) e 38,55 μg/mL (48 h)). Em conclusão, o estudo contribuiu para ampliar o conhecimento de potenciais candidatos a moléculas com ação antimicrobiana, equistossomicida e amebicida, a partir de compostos extraídos das sementes de M. oleifera e das folhas de S. terebinthifolia. |