Associação entre risco nutricional, variáveis clínicas e desfecho de pacientes críticos com covid-19 em UTI no Agreste pernambucano
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso embargado |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Nutricao, Atividade Fisica e Plasticidade Fenotipica |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/48107 |
Resumo: | Em 2019, surgiram os primeiros casos de COVID-19, doença respiratória advinda da infecção pelo vírus denominado de Sars-CoV-2 (do inglês, Severe Acute Respiratória Syndrome Coronavírus 2),que é caracterizada pela alta taxa de virulência, transmissibilidade e mortalidade. Alguns indivíduos desenvolvem a forma grave da doença e demandam atendimento hospitalar de alta complexidade, uma vez que cursam com alterações sistêmicas que influenciam os índices de mortalidade, tempo de internação hospitalar, ventilação mecânica e desnutrição representando um risco iminente à vida. Objetivo: Identificar a influência do risco nutricional e da evolução dos parâmetros hemodinâmicos e ventilatórios nos desfechos clínicos de pacientes críticos com Covid-19 unidade de terapia intensiva. Material e métodos: Trata-se de um estudo de campo longitudinal prospectivo com abordagem quantitativa, caráter descritivo e observacional realizado no agreste pernambucano. A análise estatística foi realizada por meio do software SPSS®. Resultados: Foram incluídos 60 pacientes com idade média de 57,7 anos ± 15,8 anos. Sendo 58,3% do sexo masculino, e 66,7% apresentaram quadro clínico grave. A via de administração da dieta no momento da admissão foi a enteral (65%), a média de dias em terapia nutricional enteral foi de 11 dias ± 9 dias. 68,3% fizeram ao uso de droga vasoativa, apenas 23,3% dos pacientes não necessitaram de algum tipo de ventilação mecânica. No que concerne ao tempo de internamento na unidade hospitalar, 68,4% passaram mais de 15 dias. Dentre aqueles que evoluíram para o desfecho de óbito no período de hospitalização, 76,6% eram indivíduos com escores ≥ 3 pontos, demonstrando valor estatisticamente significativo entre maior escore do ICC com o desfecho mortalidade (p de 0,007). O risco nutricional foi associado com maiores valores de creatinina (p=0,012, IC 95%: 9.52 – 30.44), ureia (p= 0,029, IC 95%: 38.39 – 64.77), hipernatremia (p= 0,003, IC 95%: 1.043-13.92), realização de hemodiálise (p= 0,002), lesão renal aguda (p <0,001) e o desfecho óbito (p< 0,001). Conclusão: O risco nutricional apresentou associação com elevação dos valores de glicemia, marcadores de função renal, hemodiálise, sepse, realização de traqueostomia e maior risco de mortalidade. Evidenciou-se a associação entre a faixa etária idoso e o desfecho óbito, sendo que quanto mais elevada a idade, maior a probabilidade de desfecho negativo, que foi potencializado no grupo de idosos com risco nutricional. |