Risco para depressão após infarto agudo do miocárdio: implicações para o autocuidado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: SILVA, Tatiane Lins da
Orientador(a): CAVALCANTI, Ana Márcia Tenório de Souza
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Enfermagem
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/15421
Resumo: As doenças do aparelho circulatório representaram a terceira causa de internação hospitalar no ano de 2010 e dentre elas, destacam-se as Síndromes Coronarianas Agudas responsáveis por 29% das mortes. A depressão mostra-se como uma comorbidade comumente vivenciada por pessoas com doenças crônicas, causando incapacidade, afetando a evolução da doença e interferindo na recuperação, sendo considerada um risco potencial para o aumento da morbidade e mortalidade. A associação entre depressão e o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é frequente, o que leva ao pior prognóstico tanto da depressão como da doença cardiovascular. Este estudo tem como objetivo avaliar o risco de depressão e sua relação para o desempenho do autocuidado em pacientes que sofreram IAM, à luz da Teoria do Déficit do Autocuidado de Orem. Trata-se de um estudo quantitativo, observacional analítico, de corte transversal, realizado no ambulatório de cardiologia de um hospital na cidade de Recife- Pernambuco. A amostra foi composta pelos 106 pacientes que retornaram ao ambulatório de cardiologia do referido hospital no período de março a agosto de 2014 com diagnóstico de IAM. Como critérios de inclusão o estudo adotou ter o diagnóstico de IAM recente e estar no momento da primeira consulta do ambulatório de egressos. Como critérios de exclusão: relato de antecedente pessoal de depressão com terapêutica medicamentosa; deficiência auditiva e/ou mental que interfira na coleta dos dados; Insuficiência Cardíaca, Insuficiência Renal Crônica, obesidade mórbida. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados um formulário para caracterização socioeconômica e clínica dos pacientes, o Inventário de depressão de Beck e a Escala para Avaliação da Capacidade de Autocuidado ASA-A. Observou-se que 26,4% dos pacientes possuíam risco para o desenvolvimento de depressão/disforia e que os fatores que mais se associavam a prevalência deste risco incluem a situação conjugal (não possuir companheiro), não possuir filhos e ter antecedentes familiares de depressão. O risco para depressão/disforia não mostrou correlação com o desempenho do autocuidado nos pacientes com IAM recente. O rastreamento e diagnóstico precoce do risco para depressão e o desenvolvimento de estratégias de estímulo ao autocuidado mostraram-se fundamentais durante o acompanhamento ambulatorial nos pacientes pós-infarto pelo enfermeiro preocupado com a atenção holística, desenvolvendo estratégias de promoção à saúde e prevenção de agravos.