Atividade moluscicida do ácido úsnico e do usnato de potássio sobre a Biomphalaria glabrata

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: ARAÚJO, Hallysson Douglas Andrade de
Orientador(a): LIMA, Vera Lúcia de Menezes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Bioquimica e Fisiologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/24691
Resumo: No Brasil, Pernambuco é um dos estados com maior prevalência em esquistossomose mansônica, doença cujo principal vetor é a Biomphalaria glabrata. Niclosamida é o principal produto usado de controle da B. glabrata, mas devido a sua toxicidade o seu uso compromete o ecossistema aquático, tornando importante a busca por moluscicidas alternativos e de menor toxicidade ambiental, como por exemplo o ácido úsnico (AU) purificado de Cladonia substellata e o seu derivado o usnato de potássio (USNP). Este trabalho objetivou avaliar a atividade moluscicida do UA e do USNP, sobre estádios embrionários de B. glabrata e moluscos adulto. O AU foi obtido a partir de talos de C. substellata extraído com éter dietílico e purificado em coluna de sílica Gel eluída com clorofórmio:hexano (80:20 v/v). O USNP foi obtido a partir de AU dissolvido em água, a 40°C, seguido por gotejamento KOH (10%) até a completa solubilização da amostra, e em seguida liofilizado e mantido a -80 °C. A estrutura das moléculas foi confirmada por análises de Infra Vermelho (IV) e Ressonância Magnética Nuclear de Prótons (RMN H+). Os embriões (n=100) foram expostos em soluções contendo 1 a 6 μg/mL de AU solubilizados em DMSO (0,5%), bem como USNP em água filtrada e declorada, por 24 h. Após a exposição os embriões foram lavados com água filtrada declorada e observados após 7 dias para verificação da viabilidade (eclosão) e inviabilidade (mortos e malformados). Os grupos controles continham água filtrada declorada, água com DMSO a 0,5% e água com niclosamida (1μg/mL). O teste de toxicidade do AU foi realizado sobre Artemia salina nas concentrações de 1 a 4 μg/mL, por 24 h de exposição. Os resultados mostraram que o AU para os estádios de blástula ocasionou 51% de inviabilidade na concentração de 1,5 μg/mL e em gástrula de 72% na concentração de 4 μg/mL. Para os estádios de trocófora e véliger na concentração de 5 μg/mL foram observados 29 e 93% de inviabilidades respectivamente. Todos os estádios mostraram 100% de inviabilidade para o AU nas concentrações 2, 4,5, 6 e 6 μg/mL respectivamente. Enquanto que para o USNP o estádio de blástula na concentração de 5 μg/ml ocasionou 48% de inviabilidade, sendo resultado semelhante no estádio de gástrula na concentração de 3 μg/mL. Os estádios de trocófora e véliger apresentaram 27 e 26% de inviabilidade para a concentração de 2,5 μg/mL respectivamente. Os seguintes estádios mostraram 100% de inviabilidades para o USNP nas concentrações 6, 4, 4.5 e 4.5 μg/mL respectivamente. Para moluscos adulto o AU apresentou 53 e 87% de mortalidade nas concentrações de 2 e 3 μg/mL após 24 h de exposição e 90 e 100% nas concentrações de 2,5 e 3 μg/mL observados após 7 dias. A toxicidade para A. salina o ácido úsnico apresentou a partir da concentração de 2,5 μg/mL. Portanto, o estudo mostrou que o AU e o USNP demonstraram ser moléculas promissoras no controle ou eliminação da B. glabrata.