Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
CAVALCANTI, Marília Gabriela dos Santos |
Orientador(a): |
SANTOS, Fábio André Brayner dos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7204
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Resumo: |
O ciclo do Schistosoma mansoni depende da existência de hospedeiros intermediários que no Brasil são caramujos do gênero Biomphalaria. Em muitas espécies de invertebrados sabe-se que os hemócitos e fatores humorais da hemolinfa são responsáveis pela defesa imunológica contra patógenos, que efetivamente podem impedir ou limitar uma espécie de funcionar como vetor competente. Sabendo-se que o B. glabrata demonstra maior suscetibilidade ao S. mansoni em relação ao B. straminea, o presente estudo teve como objetivo elucidar as bases celulares do sistema de defesa dos caramujos das espécies B. glabrata e B. straminea. Para a avaliação morfológica dos hemócitos nas condições sadios e infectados pelos miracídios de S. mansoni, foi utilizada a microscopia óptica, de interferência diferencial e microscopia eletrônica de transmissão. Na caracterização dos hemócitos através de lectinas (UEA-1, DBA, LCA, BS-I e WGA) conjugadas a FITC, foi utilizado o microscópio confocal a laser. Foi realizado também a avaliação cinética diferencial das células nas condições sadios e infectados pelos miracídios de S. mansoni, utilizando hemocitômetro nos tempos de 2h, 15 e 30d. Neste trabalho foi identificado cinco tipos celulares na hemolinfa das duas espécies: células blásticas, granulócitos e hialinócitos do tipo I, II e III. As células blásticas se mostram esféricas com núcleo grande localizado centralmente, em B. straminea infectados estas células não apresentaram muitas modificações morfológicas, porém em B. glabrata este tipo celular passou a apresentar alterações no formato da célula. Os granulócitos apresentaram-se com vários grânulos eletrodensos. Em B. glabrata infectados estas células não se mostraram com alterações morfológicas, porém, em B. straminea foi possível identificar liberação de grânulos. O hialinócito do tipo I foi o tipo celular mais encontrado na hemolinfa de ambas as espécies, tais células são polimórficas e apresentam muitas projeções citoplasmáticas. Estas células em caramujos infectados apresentaram-se com maior adesão celular e maior quantidade de grânulos de glicogênio. Nos hialinócitos do tipo I em B. straminea, não identificamos adesão celular, e assim como B. glabrata, passaram a apresentar mais projeções citoplasmáticas após infecção. Os hialinócitos do tipo II e III são células ovais e geralmente apresentam coloração homogênea. Estes tipos celulares apresentaram poucas alterações morfológicas após a infecção nas duas espécies estudadas. Em relação à marcação com lectinas foi evidenciado um aumento na marcação após a infecção em quase todos os hemócitos de B. glabrata e B. straminea. Na avaliação da dinâmica hemocitária em B. glabrata foram identificadas variações significantes em três dos cinco tipos celulares: células blásticas, granulócito e hialinócito I. Os mesmos resultados foram encontrados em B. straminea. Neste trabalho foi realizada a caracterização e padronização dos hemócitos de B. glabrata e B. straminea, sadios e infectados com miracídios de S. mansoni. Desta forma, o presente estudo possibilitou um melhor entendimento sobre o papel dessas células no processo de defesa contra o S. mansoni e sugere uma relação da resposta imune celular na suscetibilidade ou não ao Trematóide |