Interações entre macroalgas e o copépodo epibentônico Tisbe Biminiensis : química ou arquitetura das algas?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: MONTENEGRO, Heitor Spinelli
Orientador(a): SANTOS, Lília Pereira de Souza
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Oceanografia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/42639
Resumo: As macroalgas são conhecidas por seu papel estrutural no ecossistema e por produzir diversos compostos químicos bioativos. Entre os principais fatores estruturantes da fauna bentônica associada às macroalgas estão a arquitetura e a composição química das algas. Neste trabalho, o copépodo marinho Tisbe biminiensis foi utilizado para avaliar a toxicidade dos extratos de macroalgas de diferentes arquiteturas: as Rhodophyta Palisada perforata (arquitetura corticada) e Gelidiella acerosa (arquitetura corticada), a Ochrophyta Padina gymnospora (arquitetura foliosa corticada) e a Chlorophyta Ulva fasciata (arquitetura foliosa). O crescimento populacional e a seleção de habitat de copépodos também foram estudados na presença das mesmas macroalgas. Foi realizada uma avaliação fitoquímica para detecção qualitativa de esteróides, quinonas, flavonóides, taninos, sponinas e terponóides. Quinonas estiveram presentes em todos os extratos, enquanto fenóis, alcalóides e cumarinas não foram encontrados em nenhum deles. G. acerosa apresentou o maior número (6) de compostos, seguido por P. gymnospora (4), P. perforata (3) e U. fasciata (1). A CE50 para o desenvolvimento de náuplios variou do menor e mais tóxico ao maior e menos tóxico: G. acerosa (263 μg. mL-1), P. gymnospora (342 μg.mL-1), U. fasciata (380 μg.mL-1) e P. perforata (411 μg.mL-1). Os resultados toxicológicos tiveram boa relação com o número de compostos químicos observados. Houve preferência dos copépodos para P. gymnospora e P. perforata. O maior crescimento populacional de T. biminiensis em P. perforata seguido por U. fasciata corrobora os resultados de testes de seletividade e toxicológicos. G. acerosa apresentou os piores resultados nos testes de seletividade e crescimento populacional. Concluindo, a relação entre as macroalgas e copépodos foi influenciada tanto pela composição química quanto pela arquitetura das macroalgas.