O uso dos náuplios de Tisbe Biminiensis (COPEPODA: HARPACTICOIDA) na avaliação da toxidade dos sedimentos do estuário do Rio Capibaribe e sua relação com a geoquímica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: REGIS, Cintia Glasner
Orientador(a): SANTOS, Lília Pereira de Souza
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Oceanografia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/19685
Resumo: Abordagens que utilizam análises ecotoxicológicas integradas com análises geoquímicas para avaliar a qualidade ambiental de sedimentos tem se tornado cada vez mais importante. Fêmeas ovígeras do copépodo marinho epibentônico Tisbe biminiensis tem sido usadas como um organismo-teste autóctone em testes de ecotoxicidade. Entretanto, um protocolo menos laborioso que utiliza náuplios da mesma espécie de copépodos pode também ser apropriado. Há uma carência de trabalhos publicados que abordem a multicontaminação em estuários de regiões tropicais. O presente estudo teve como objetivo avaliar a qualidade dos sedimentos do estuário do rio Capibaribe (localizado no nordeste do Brasil) através da nova aplicação de um teste ecotoxicológico integrado com análises químicas de compostos orgânicos e inorgânicos. Foram analisados 7 pontos ao longo do estuário através de duas metodologias distintas que utilizaram como organismos teste fêmeas de Tisbe biminiensis e náuplios do Tisbe biminiensis, e tiveram como parâmetros observados sobrevivência das fêmeas, percentual de fecundidade e desenvolvimento dos náuplios do primeiro teste, e sobrevivência dos náuplios e percentual de desenvolvimento dos náuplios no segundo teste Os resultados encontrados indicaram que o teste ecotoxicológico que utiliza náuplios do copépodo é adequado e ainda mais sensível que o teste que usa fêmeas ovígeras. Foram detectados contaminação por hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, organoclorados e metais no sedimento e em concentrações superiores aos níveis de segurança em várias estações de coleta, sugerindo que podem ter causado efeito tóxico à biota. Contaminantes orgânicos estiveram concentrados principalmente no alto estuário, provavelmente devido à presença de um ponto de turbidez máxima, porém aparentam não estar sempre biodisponíveis por não ter sido detectada ecotoxicidade nesta estação em uma das campanhas. Análises integradas mostraram um alto grau de comprometimento dos sedimentos das estações localizadas próximo no centro da cidade (S3, S4 e S5) e menor comprometimento das estações localizadas no alto e baixo estuário (S2 e S7).