Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
QUIRINO, Túlio Romério Lopes |
Orientador(a): |
DANTAS, Benedito Medrado |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Psicologia
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32963
|
Resumo: |
Esta tese tem por objetivo problematizar a produção de masculinidades e modos de subjetivação na saúde a partir dos materiais de comunicação oficial sobre a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH), do Ministério da Saúde, Brasil. Entende-se que estes materiais são produtos e produtores de práticas sociais e, por isso, constituem-se como importantes tecnologias de governo, atuando no gerenciamento de corpos e sujeitos. Essa particularidade permite que sejam analisados não só quanto aos saberes e relações de poder, mas também quanto à produção de modos de subjetivação. Nesta direção, defende-se a tese de que os materiais de mídia oficiais, atuando como dispositivos pedagógicos, produzem visibilidades e dizibilidades sobre o “ser homem” e o “ser saudável” por meio de mecanismos diversos (jogos de verdade inscritos em estratégias de saber-poder), os quais, em articulação com diferentes discursos, produzem tipos de sujeitos e modos de subjetivação na saúde. Como subsídio teórico-conceitual são adotadas as teorizações de Michel Foucault sobre relações de poder e modos de subjetivação. O corpus de análise foi constituído por 44 produtos (nove cartazes lançados em ações de campanha e 35 cartazes virtuais). Estes produtos permitiram visualizar como diferentes tramas foram sendo produzidas ao longo dos oito anos de existência da PNAISH com a finalidade de estabelecer sobre os homens um conjunto de mecanismos regulatórios de modo a inseri-los numa dinâmica produtiva de práticas de saúde. Os resultados foram organizados em cinco tramas narrativas, entendidas como metáforas para promover diferentes modos de subjetivação. Estas tramas fazem ver uma complexa rede permeada por jogos de saber-poder, atravessada por discursos e práticas que se auto-implicam constituindo-se e complementando-se de maneira a fazer com que o sujeito-homem estabeleça sobre si certo modo de ser. Logo, estes materiais acabam atuando como manuais de conduta, buscando subjetivar homens como sujeitos saudáveis. |